segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Facebook: Síntese

Chegou-se a um ponto em que os sistemas de ensino não devem ignorar as possibilidades de aprendizagem que os recursos da web2 proporcionam. Ao sustentar-se esta opinião, é claro que ela não significa que se pretende reformular por completo o sistema de ensino oficial (formal) e que as aulas passem a ser feitas em exclusivo através de computadores e das redes sociais. No entanto, há que ter em conta que os sistemas de ensino não podem ficar estanques e devem evoluir a par com a sociedade em geral. A evolução acontece quando se interligam as ferramentas, os recursos, as metodologias, se recriam os contextos, tornando-se os professores um recurso efectivo para as aprendizagens como orientador das mesmas, em vez do ultrapassado retransmissor de conceitos.

Se pode haver uma ideia negativa no uso do Facebook para o ensino formal, é porque muita gente no meio académico pensa neste novo recurso apenas em função de algumas das suas facetas: a comunicação fútil, o entretenimento e a aprendizagem informal. Esta ideia restritiva provém da lógica industrial dominante no ensino, que estabelece rigidamente as “tarefas” que os estudantes deverão executar para chegar aos “produtos” estabelecidos como “objectivos” ou “metas” a atingir. Fora da via padrão, tudo será considerado desviante e pernicioso. Nesta perspectiva, por exemplo, o relacionamento entre os professores e os estudantes não deverá ser demasiado afectuoso, porque se não for salvaguarda a distância, o professor pode perder a independência indispensável ao exercício da sua actividade de julgamento na avaliação, supostamente imparcial e objectiva.

“As sociedades têm sempre sido redesenhadas mais pelas características dos meios de comunicação utilizados pelos homens que pelo conteúdo da comunicação”, disse Marshall McLuan, e a verdade é que a introdução das tecnologias da informação e da comunicação na educação está a alterar mais o ensino do que qualquer corrente pedagógica. Com efeito, se são os utilizadores que definem o tipo de comunicação que se fazem, também deve reconhecer-se que o Facebook cria uma atmosfera mais propícia às relações informais que à educação formal.

Abundam na Internet as listas de recursos do Facebook para a Aprendizagem Social.

A definição de uma metodologia para o uso de um recurso é fundamental para a sua eficácia. Partindo da página do Centre for Learning & Performance Technologies, sugerimos a utilização do Facebook em interligação com as aulas tradicionais. Eis a nossa adaptação:

1- Antes da aula
• o professor introduz o tema e os conteúdos a serem tratados
• os alunos podem submeter questões prévias
2- Durante a aula (pressupõe a permissão para o uso de computadores na aula e acesso à internet)
• os alunos podem escrever comentários em função do que é feito e dito na aula
3- Actividades após a aula
• podem ser colocadas notas dirigidas aos alunos que não frequentaram a aula
• continuação do debate
• respostas a novas questões
• partilhar ligações para outros recursos na web que sejam relevantes para a matéria em estudo
• troca de experiências
• relembrar/actualizar datas de testes, de trabalhos, reuniões ou outras actividades

Muitas vezes o argumento utilizado para se propor a utilização do Facebook em vez de sistemas LMS como Moodle baseia-se simplesmente no facto de o Facebook já ser conhecido por toda a gente. Recursos semelhantes para controlo das actividades realizadas pelos alunos, o Facebook não tem.

A escola não pode ignorar a web2, mas o Facebook não pode ser catapultado para ferramenta pedagógica só em razão da sua popularidade. O seu principal recurso somos nós! Educar é indicar aos jovens critérios que lhes permitam distinguir o útil do fútil, o certo do errado, as modas passageiras das alterações estruturais…

É evidente que a imagem acima prejudicou a  leitura do post, e não deveria cá estar. Pretendia apenas chamar a atenção para o excesso de elementos distractivos do Facebook, para que possa ser utilizado como recurso educativo.

Escrito com Jorge Lousada

Facebook: O recurso somos nós!

Um dos temas de Hiperespaços coloca exactamente a questão: A máquina somos nós? E um dos vídeos fornecidos para reflexão responde afirmativamente, Web 2.0 - A máquina somos nós:


Mas como professores, quando analisamos os recursos do Facebook, a primeira coisa que fazemos é esquecermo-nos do professor enquanto recurso, e observamos apenas os seus aspectos técnicos.

Utilizando uma expressão que aprendi com Ernâni Lopes, “é uma perspectiva que compreendo mas não perfilho”.

Quando aos recursos do Facebook na educação ainda ninguém demonstrou a sua real mais-valia, e dos que conheço, todos funcionam mais rapidamente fora do Facebook. É mais fácil e mais rápido trocar mensagens por mail ou em listas de mail (recomendo os YahooGroups) que escrever naquelas caixinhas. Partilhar documentos pelo Google Docs os pelo Google Sites também é bastante mais rápido que pelo Facebook. O Picasa e Flickr permitem observar melhor as fotos que o Facebook. A organização dos conteúdos é muito mais simples de ordenar num site ou numa tag cloud de um blogue que no Facebook.

Não se depreenda que eu seja contra a utilização do Facebook, mas não sou cretino ao ponto de recomendar a utilização do Facebook em sala de aula só para ter boa classificação em Hiperespaços, e simultaneamente criar uma conta “escolar” para “trabalhar” com os alunos, paralelamente a uma conta “pessoal” para conversar com os “amigos”, tal como alguns colegas que abriram novas contas só para esta tarefa.

Especialmente para estes colegas gostaria de indicar um recurso do Facebook que lhes permite acrescentar alunos, colegas, etc. na conta real do Facebook, mas limitar as suas possibilidades de visionamento do perfil a determinadas áreas, através da criação de listas, sem os próprios chegarem a aperceber-se que lhe estão a ser impostos determinadas limitações.

E chego ao ponto: Para quê usar o Facebook com os alunos se depois nos vamos esconder deles?

Gostaria de observar que essa “teoria das duas contas” (a pessoal e a escolar) tem muitos defensores na pedagogia e na Internet. Uma excelente lista que indica o que os professores devem fazer e o que não devem fazer no Facebook, encontra-se aqui, legitimando esta teoria com a lógica da justificação industrial.

Esta visão de encarar o professor, que obriga a utilizar uma foto “profissional” no perfil, não o mostrar a fazer a compras, dissociá-lo da sua família, etc. corresponde à visão industrial do professor como máquina que transforma a matéria-prima (alunos no início do ano) em produto acabado (alunos no final), cujo paradigma de avaliação é o exame anónimo, igual para todos.

Utilizar as tecnologias e o Facebook com alunos obriga os professores a um mínimo de humanidade, e como até devem constituir-se como referências que os jovens possam seguir, não podem, do meu ponto de vista, esconder-se atrás de qualquer avatar. Pela minha parte, nunca me senti constrangido pela sua presença, porque se tenho imagens que eles não podem ver, então não estão lá porque também são impróprias para os “amigos”.

O recurso somos nós! Portanto para utilizar o Facebook na educação requer-se antes de tudo que os professores tenham uma atitude favorável à ferramenta, gastando tempo suficiente para conhecer as suas características e limitações.

Depois precisam de reconhecer que a “sociedade da informação” é sobretudo a sociedade do conhecimento em rede, e que têm muita vantagem em contactar antigos colegas, antigos professores, amigos de colegas, etc. - ver Guia do Mashable - assim como alguns dos seus alunos poderão estar interessados em manter o contacto consigo, mas não com o seu avatar!

sábado, 11 de dezembro de 2010

FaceBook: pontos fortes, desvantagens potenciais e pontos-chave

Para a esmagadora maioria dos professores o FaceBook não é uma ferramenta pedagógica, mas um site a bloquear para evitar que os estudantes se distraiam! Por exemplo, na minha escola o acesso ao FaceBook encontra-se interditado pelo próprio servidor de acesso à Internet, mas suponho que esta prática é comum na generalidade das escolas. Porquê?
Os professores gostam de alunos interessados e motivados, mas no FaceBook pensam que estes apenas encontrarão detalhes pessoais uns dos outros, o que jamais poderá ser alvo de interesse para o estudo. Este post tem como objectivo tentar perceber se o próprio FaceBook poderá ser considerado uma ferramenta pedagógica.
Para o efeito serão analisados os (1) pontos fortes do recurso, as (2) desvantagens do recurso e (3) os pontos-chave para uma prática eficaz, seguindo de perto Robin Mason e Frank Rennie.
Lembra-se que não é racional a educação continuar a ignorar o desenvolvimento das ferramentas da Web 2.0 porque os forums em que os estudantes participam são mais visitados que os sites educacionais.

Pontos fortes do recurso

Como com outras ferramentas da Web2.0 a facilidade de utilização explica largamente o seu sucesso. As redes sociais são uma ferramenta de comunicação assíncrona e têm as mesmas vantagens dos forums: permitem um acesso flexível e conservam um registo escrito das comunicações.
Muitos observadores afirmam que as redes sociais são características da Internet, e vieram para ficar ainda que os seus formatos mudem. O essencial é a ideia de se juntar a comunidades online e ser capaz de participar nelas.

Desvantagens potenciais

Os autores referem a juventude dos utilizadores das redes sociais como um problema, por estes serem demasiado vulneráveis a querer experimentar a próxima coisa “nova”. Entretanto ter-se-á registado um envelhecimento dos utilizadores que reduz esta volatilidade.
Os professores e os chefes observam os perfis na perspectiva do estudante e do empregado, vendo uma pessoa muito diferente, o que tem tido consequências negativas. Creio que em grande parte isto sucede porque, inconscientemente, ao “falar” com os “amigos” as pessoas esquecem-se que numa rede social estão realmente a escrever em público.
Certamente o aspecto mais negativo das redes sociais é o facto de poderem tornar-se um passatempo viciante. Os autores referem-se a jovens que monitorizam a actividade do seu perfil.

Pontos-chave para uma prática eficaz

Em vez de bloquear o acesso dos estudantes às redes sociais na sala de aula, dever-se-ia ensiná-los a discernir quando, onde, e com que finalidades a tecnologia pode ser apropriada ou inadequada.

Oferecer oportunidades aos estudantes para:
  • discriminarem conteúdos nas redes sociais,
  • não tomarem os perfis pelo valor aparente,
  • perceberem que, além dos seus pares, muitos outros - comerciantes, autoridades universitárias, o pessoal de aplicação da lei, eventuais futuros empregadores, etc. - podem ter acesso aos perfis.
Oferecer oportunidades para a discussão acerca dos perfis - como
construí-los e que significa estar "presente" online.


Texto inspirado na leitura  do Capitulo 4 de e-Learning and Social Networking Handbook: Resources for Higher Education, de Robin Mason e Frank Rennie.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Está a mudar o paradigma de pesquisa, do Google para o FaceBook

O FaceBook ainda não integra todos os sites da Internet, mas já é mais utilizado que o Google! No Google encontramos facilmente qualquer automóvel, no FaceBook encontram-se "amigos" que os utilizam.


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A Sociedade da Informação - Jorge Soares, José Neto e Natália Sarmento


Universidade Aberta

Mestrado em Comunicação Educacional e Multimédia

Unidade Curricular: Tecnologias de Produtos Multimédia


A Sociedade da Informação

Reconhece-se às Tecnologias da Informação e da Comunicação um papel insubstituível na aquisição de competências ao longo da vida, que se organizam em torno de quatro aprendizagens fundamentais, que se interligam e que constituem para cada indivíduo, os pilares do conhecimento:



- aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da compreensão, combinando uma cultura geral, suficientemente vasta, com a possibilidade de trabalhar em profundidade um pequeno número de matérias, o que também significa, aprender a aprender, para beneficiar das oportunidades oferecidas pela educação ao longo da vida;

- aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente, a fim de adquirir não somente uma qualificação profissional mas também competências que tornem a pessoa apta a enfrentar as mais diversas situações e a trabalhar em equipa;

- aprender a viver em comum, a fim de participar e cooperar com os outros, no respeito pelos valores do pluralismo, da compreensão mútua e da paz; e, finalmente,

- aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes e que permite a cada um desenvolver melhor a sua personalidade, ganhar capacidade de autonomia, discernimento e responsabilidade.

A sociedade de informação corresponde a um duplo desafio para a democracia e para a educação. Cabe ao sistema educativo fornecer, a todos, meios para dominar a proliferação de informações, de as seleccionar e hierarquizar, com espírito crítico, preparando-os para lidarem com uma quantidade enorme de informação que poderá ser efémera e instantânea. Estará a escola preparada para vencer o desafio da democracia?

(Baseado no Livro Verde para a Sociedade da Informação em Portugal)

domingo, 28 de novembro de 2010

Os hiperespaços para a educação formal, não formal e informal

Uma das perguntas que me fazem frequentemente sobre as ferramentas da Web 2.0 é:

- Qual é a ferramenta mais importante/interessante no contexto educativo?

Às vezes até simplificam perguntando qual é a melhor. Aí a minha resposta é que existe uma enorme lista de ferramentas boas, sendo melhores aquelas que nos forem mais familiares, e para evitar indicar uma ferramenta, costumo sugerir a Top 100 Tools for Learning 2010 List que resulta de uma escolha amplamente participada na Internet, onde cada um pode indicar as três que utiliza mais frequentemente.

Por exemplo, quando se pede aos alunos que discutam se é abusivo falar-se da “Sociedade do Telemóvel” - por oposição à “Sociedade da Informação” - é irrelevante para o tema que utilizem um blogue, uma wiki, produzam um podcast ou um vídeo. O mais provável é preferirem responder no Word, só porque é o que dominam. A forma como respondem depende do seu estádio na arte das TIC, e isto também se aplica à construção de materiais pelos professores.

A aprendizagem no virtual não combina bem a educação formal, podendo até tornar-se particularmente dura. Já imaginaram o horror de um professor a aplicar os critérios de um funcionário das finanças? No caso de uma declaração de IRS submetida no 1º minuto do dia seguinte ao último dia do prazo, paga-se multa! Qual é o professor que fecha o Moodle no prazo fixado? E que humanidade teria?

A aprendizagem no virtual abrange todas as possibilidades de comunicação no decurso da vida do indivíduo, constituindo um processo permanente e não organizado (educação informal) e também se ajusta a uma educação semelhante à formal nos objectivos e conteúdos, mas que permita a cada grupo de estudantes seguir ao seu ritmo (educação não formal).

Imaginar um hiperespaço de aprendizagem com os recursos da Web 2.0 é uma das actividades que proponho aos meus alunos, mas com outro nome. Peço-lhes que critiquem o seu Ambiente Personalizado de Aprendizagem, porque já sei que é pobre.

No hiperespaço todas as ferramentas se ligam facilmente por links, pelo que não vejo nenhuma vantagem em seleccionar apenas uma ferramenta.

A ferramenta que dá uma aparência mais formal à educação, sem dúvida que é o Moodle, mas não deve ser utilizada com muita frequência porque me parece demasiado cansativa e castradora da criatividade. Preferencialmente os textos poderão ser escritos em blogues, e os ficheiros que se queiram associar ao blogue podem ser alojados no Google Sites.

Na aprendizagem não formal e na informal pode haver vantagem em escrever os textos em grupo, tarefa facilitada pelas wikis ou pelo Google Docs.

Os blogues parecem-me de interesse incontornável para todos os alunos, mas a escolha das restantes ferramentas também dependerá dos contextos. Por exemplo, em línguas, os alunos têm interesse em podcasts e vídeo para actividades de storytelling, mas em Economia parece-me mais importante importar os dados dos sites, construir gráficos no Excel e posteriormente publicar e comentar os mesmos num blogue.

Para descrever melhor o hiperespaço de aprendizagem com um dos recursos da web 2.0 seria preciso contextualizar a situação, o que vai para além do que se pretende nesta tarefa.

  • Olá José.
    Começas por lançar uma pista importante: os recursos mais eficientes são aqueles que melhor dominamos. É por isso que devemos ter todo o interesse em alargarmos os nossos conhecimentos de utilização para as várias ferramentas disponíveis na Web 2 e, desse modo, alargamos as hipóteses de acção em termos de partilha e de aprendizagem. E dou o meu próprio exemplo, porque só há muito pouco tempo é que comecei a utilizar o Facebook, como meio de divulgação e de comunicação para um grupo de acção cívica a que pertenço. Até agora, apenas tenho utilizado os blogues e o Moodle como complemento ao ensino formal da Geometria Descritiva e ainda tenho muitos outros recursos por explorar pela minha frente.
    Para além do domínio na utilização, reforço o que também já foi referido noutras mensagens: todos os recursos são interessantes e todos têm potencialidades na construção de um percurso de ensino-aprendizagem. No entanto, não basta afirmar que os recursos são muito bons e que permitem fazer isto ou aquilo. Os recursos são bons se, conhecendo as suas características, soubermos associar essas características aos objectivos de aprendizagem que pretendemos e, assim, tirarmos partido do que os recursos nos oferecem. É por isso que é fundamental a construção de novas abordagens metodológicas na Era Digital, como o Conectivismo divulgado por George Siemens.
    Acima de tudo, precisamos de ser criativos. Os recursos da web e a multimédia têm muito espectáculo, que deslumbram, mas têm que ter conteúdo. Se retirarmos o espectáculo e ficarmos sem nada, não há aprendizagem e não há construção do conhecimento, ou seja, ficamos deslumbrados mas continuamos "burros".
    A criatividade permite-nos explorar as características de um recurso em termos de aprendizagem (mesmo que seja formal) e de conseguirmos competir com a utilização desses recursos na esfera privada, que tendem a viciar-nos no lazer, no entretenimento e na comunicação fútil.

    Partimos do princípio de que todos os recursos são interessantes, dependendo da utilização de que fazemos deles. Todavia, devemos ter em conta que os recursos podem ter mais ou menos adaptabilidade a um determinado tipo de aprendizagem. Por exemplo, o Facebook tem características que se adaptam a uma aprendizagem informal, enquanto que o Moodle é uma plataforma já largamente usada na aprendizagem formal.
    Acrescento aqui alguns factores que podem ser importantes na escolha de um recurso da web 2:
    - a publicidade a que podemos estar expostos;
    - o aparecimento de mensagens inoportunas;
    - o controlo a que podemos estar sujeitos, mesmo sem o sabermos.
    Quanto à publicidade, o ideal, é que não haja. No entanto, reconheço que alguns recursos têm hipóteses de nos oferecerem algo de útil porque têm um suporte comercial por trás, em forma de publicidade. Neste aspecto, o utilizador pode definir estratégias de utilização da web e, com algum treino, ficar imune à publicidade, ou seja, saber focar aquilo que interessa.
    Por sua vez, as mensagens inoportunas são uma constante nos recursos mais vocacionados para a sociabilidade. Referi que comecei a utilizar recentemente o Facebook numa situação de divulgação e comunicação sobre um determinado assunto e uma das vertentes deste ambiente que causa ruído, é a enorme quantidade de mensagens fúteis que aparecem no mural, como alguém a enviar vacas da Farmville, ou a informação de que um amigo mudou a fotografia de perfil porque tem um penteado novo. Pode ser desconhecimento, mas talvez haja forma de configurar alguns filtros que evitem mensagens fora de um contexto definido.
    O aspecto do controlo é particularmente importante porque nos pode remeter para situações que não desejamos. Por um lado, esse controlo pode evitar os ruídos e as mensagens indesejáveis, o que pode ser útil num ambiente aberto, mas, por outro lado, o controlo pode restringir a livre circulação da informação e atentar à liberdade de escolha.

    Como o José Neto referiu, na web, todas as ferramentas podem estar ligadas entre si, pelo que pode ser restritivo se apenas nos focarmos numa dessas ferramentas.
    Concebo um hiperespaço de aprendizagem precisamente pela abrangência e diversidade de recursos que possui juntamente com a enorme quantidade de pessoas que circulam nesse espaço virtual.
    Assim, o hiperespaço de aprendizagem que imagino corresponde a um plano que nos define como e por onde devemos andar na web, utilizando recursos diversificados, em função de um determinado objectivo de aprendizagem.
    Pode haver um recurso base, que se estabelece como plataforma de partida e de gerenciamento, como por exemplo uma Wiki, mas essa plataforma deve dar ligações a outros recursos e outras plataformas, ligando entre si os nós do conhecimento. Ou seja, estou a referir-me ao conceito de Conectivismo divulgado por George Siemens.
    Até logo.

    Comentário de Jorge Delmar

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Vídeo e MP3 a partir do YouTube

Vídeo e MP3 a partir do YouTube é fácil de obter no Firefox com o DonwloadHelper,  o plugin que mais frequentemente me  faz abandonar o Chrome.

sábado, 20 de novembro de 2010

Conversão de documentos para PDF

Conversão de documentos para PDF, online em http://www.freepdfconvert.com/

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Converter músicas do YouTube para MP3

Eis uma fonte inesgotável de ficheiros MP3: o YouTube. Pode converter os vídeos em ficheiros de música utilizando o http://www.vidtomp3.com/

Se utilizar o Firefox tudo será mais simples e também com possibilidades de gravar o vídeo, através do http://www.downloadhelper.net/

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O meu primeiro PodCast

O meu primeiro PodCast foi uma homenagem aos Supertramp.

Em termos técnicos ficou tão simples que se tiver ocasião voltarei a publicar um novo exercício.







sábado, 6 de novembro de 2010

Passeio por Sintra

Clique na imagem para aceder ao álbum no Picasa.


Republicação do Trabalho de TPM referente a imagens fixas, tirando partido da vizinhança com este rico património da Humanidade. Desta vez optei  por fazer 20 fotografias,  tendo em atenção a composição e enquadramento do assunto. Este tipo de tarefas permitiu-me explorar as mais diversas funcionalidades do PhotoShop, que nunca teria  conhecido se ficasse pelo raivoso.

Obrigado professor.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Uma perspectiva de Portugal no Contexto da União Europeia em imagens


Clique na imagem para aceder ao álbum no Picasa que lhe oferece uma perspectiva de Portugal no contexto da União Europeia através de diversos indicadores, utilizando os Country Profiles  do EUROSTAT. S. Pedro contribuiu decisivamente para este trabalho, ilustrando-o com imagens de Lisboa mergulhada no caos. Estas foram recolhidas da imprensa nacional - designadamente do Correio da Manhã - e melhoradas no PhotoShop.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Adobe PHOTOSHOP

Tutoriais

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Reflexão Final de MDS

Iniciaram-se os trabalhos nesta UC com textos de Prensky que nos introduziu conceitos estruturantes do pensamento não só nesta unidade, mas que jamais esqueceremos. De facto, cada vez que alguém quiser assentar o nosso endereço de mail ou telemóvel esse simples gesto denúncia que estamos e presença de imigrantes digitais.

Passei a compreender muita da papelada de que vivemos rodeados na sociedade, e particularmente no interior da escola, justificada apenas por motivos de (in)segurança dos imigrantes.

Frequentemente, depois de aderirmos aos serviços de factura electrónica continuam a enviar-nos a factura em papel, como se a electrónica não tivesse validade.

Nas escolas os alunos trabalham muito bem indicações que lhes sejam fornecidas num blogue ou num site, mas depois sou obrigado a imprimir blogues só porque os meus colegas querem arquivar materiais, mas não vêem conteúdo num link. Neste aspecto, coberta pelo formalismo das exigências iguais para todos os professores, a escola manifesta-se violentamente de uma forma extremamente repressiva relativamente àqueles que utilizam mais frequentemente os recursos digitais. Antes de Prensky tinha escassos recursos cognitivos para compreender a resistência da escola à digitalização do processo de aprendizagem, e então os conflitos seriam mais frequentes que quando passei a compreender a escola como uma estrutura dos imigrantes.

Os temas estudados em MDS estiveram sempre estreitamente associados aos comportamentos dos jovens, da construção da sua identidade à utilização que fazem dos media digitais. Como a escola existe para os servir, é da maior utilidade conhecer as suas necessidades e expectativas.

As diversas actividades propostas ao longo desta UC foram bastante variadas, evitando a monotonia. As actividades foram calendarizadas ao longo do semestre de forma a exigir um esforço de trabalho uniformemente distribuído. Portanto a professora está de parabéns quanto à organização da UC.

Manter este portefólio é sem dúvida a tarefa que me dá mais gozo entre todas as propostas. É que quando escrevo num fórum do Moodle sei que só serei lido por colegas e pela professora, enquanto quando escrevo aqui sei que posso ser lido por um público mais alargado. E isso é importante, porque me obriga a executar a tarefa com um nível de exigência superior.

Os debates dos destes nos fóruns foram vivos e esclarecedores. Participei com entusiasmo certamente porque considerava os textos interessantes... O excesso de trabalho e a familiaridade com os temas na fase inicial levou-me a participar menos nalguns debates.

O trabalho em grupo foi extremamente compensador porque todos os colegas mostraram ser extremamente empenhados, e por isso gostaria de agradecer a todos quantos trabalharam comigo.


PS

Este blogue não contém apenas as actividades de MDS, mas também de SII, e aspectos relacionados com a Web 2.0 que suponho interessantes para o Mestrado. Esta "mistura" não significa que não considere a UC suficientemente importante para ter um espaço próprio, mas antes que a considero importante demais para ficar perdida noutro blogue, pois a ideia de a integrar no Espaço Multimédia foi precisamente para lhe dar maior visibilidade.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

WebQuestions 2

O JavaScript é dificilmente utilizável na construção de testes online, porque basta qualquer erro no código, como um espaço indevido, para estragar o script. Assim, um software que permita a construção de testes em JavaScript, como o WebQuestions 2, constitui uma mais-valia para os docentes.

Outro software popular para colocar exercícios na web é o Hot Potatoes.

domingo, 11 de julho de 2010

Reflexão da Actividade Transversal - E-portefólio

Evidentemente que considero interessante a realização de um blogue com as tarefas da disciplina, porque a arrumação digital dos materiais corresponde à minha forma de organização das actividades, já não só na actividade profissional, mas também na vida pessoal.

Reflectindo esta minha perspectiva, o E-portefólio de MDS não foi aberto só quando a professora o indicou, mas já estava integrado antes num blogue reservado às actividades do Mestrado, porque me sentiria sufocado se ficasse somente pelo Moodle, Sloodle, Odisseia e outros espaços fechados.

Gostaria de dizer que atribuo maior importância ao E-portefólio que aos posts no Moodle, porque este tem potencialmente mais público. É por isso que se passar um post do Moodle para o blogue me sinto obrigado a fazer uma nova revisão do texto. Assim, as melhores mensagens são as construídas originalmente no blogue!

Reflexão da Actividade Transversal - Cultura Digital - Terminologia (Glossário)

Foi interessante participar na construção de um Glossário.

Termos introduzidos:
Add (Friend)
Aggregator
User Base

Reflexão da Actividade 4 - Utilização Social dos Media Digitais: A Perspectiva dos Jovens

Participei activamente na construção do Guião porque a formação em Sociologia e o trabalho da Actividade 3 me impunham responsabilidades acrescidas.

Neste trabalho, como resolvi fazer também “entrevistas online”, sozinho ultrapassei o número limite de entrevistas exigido ao grupo. Como os meus colegas estavam entusiasmados e também quiseram fazer duas entrevistas cada um, acabámos por poder comparar jovens de diferentes idades, realizando um trabalho que do meu ponto de vista ficou bastante completo.

Link para o Trabalho

Reflexão da Actividade 3 – Media Digitais e Construção da identidade Social

Esta actividade representou para mim o sinal de alarme que me indicava que tentar fazer as quatro disciplinas de uma vez em conjunto com a actividade lectiva, era uma carga excessiva. Foi então que decidi optar pelo regime de estudante a tempo parcial.

Realmente esqueci-me de participar na discussão destes textos, e como tarefa de substituição acabei por sintetizar um capítulo do estudo E-Generetion. Talvez tenha ganho com esta troca, porque o trabalho do CIES veio a revelar-se extremamente interessante para o conhecimento dos usos dos media pelos jovens portugueses, e de grande utilidade para a realização do trabalho final. Certamente que não tivesse realizado este trabalho não teria tido uma participação tão activa na construção do Guião das Entrevistas para o trabalho da última actividade, nem teria tido tanta segurança na realização do mesmo.

Link para o Trabalho

Reflexão da Actividade 2 – Identidade Social na Adolescência

A problematização de diversos aspectos da vida dos jovens é um tema central da Psicologia, que a desenvolve adolescência como espaço identitário e arena de socialização dos jovens.

Reconheceu-se a superioridade das redes sociais sobre os blogues para as finalidades de comunicação pretendidas pelos jovens, a especificidade da linguagem juvenil como resultado da sua cultura, e a sensibilização dos jovens para as questões de segurança associadas à utilização da Internet.

Tomar a adolescência como objecto de trabalho teve a vantagem de obrigar a perspectivar os problemas do ponto de vista dos jovens.

Reflexão da Actividade 1 – Perfil do estudante digital

Entrei nesta disciplina com a consciência de que teria o trabalho facilitado por já ter estudado sensivelmente os mesmos temas na perspectiva da Sociologia.

Percebi logo no primeiro trabalho de grupo que nestes é possível combinar o melhor de diferentes habilidades de diversas pessoas, chegando a resultados interessantes.

A obra de Marc Prensky, designadamente com os conceitos de nativos digitais e imigrantes digitais, revelou-se certamente a mais popular entre os meus colegas de Mestrado, até nos espaços de outras disciplinas, porque oferece uma perspectiva simples para a compreensão de muitos problemas que vivenciamos nas escolas e fora delas.

Link para o Trabalho

Leitura crítica da construção da adolescência e da divulgação de dados pessoais

Os psicólogos referem-se unanimemente à adolescência como uma fase problemática na formação do individuo. Erikson atribui à adolescência a tarefa de construção da identidade, e Schoen et al) retoma o seu trabalho utilizando dados estatísticos para concluir que os jovens estão atrasados!

O artigo de Huffaker e Calvert conclui que os jovens se expõem demasiado através dos blogues examinando os problemas da identidade e da linguagem online entre jovens de ambos os géneros (masculino e feminino). Este “excesso” de informação revelado pelos jovens inclui o primeiro nome (70%), a idade (67%) e um endereço de e-mail ou instant messsenger ou link para o blogue (61%). O nome completo será uma prática residual de newbies (20%).

Este artigo recordou-me as críticas que habitualmente se fazem ao IRC. Diz-se que é sempre a mesma coisa porque são feitas sempre as mesmas perguntas:
1. - És rapaz ou rapariga?
2. - Que idade tens?
3. - Com quem vives?
4. - O que fazes?
5. - Onde moras?
A pergunta 1. é inteligentemente torneada pelos jovens bloggers, que a ultrapassam indicando o primeiro nome;) Se eu disser que sou José já sabem que não sou uma rapariga! A idade até pode depreender-se com alguma precisão da leitura dos blogues, mas eu diria que os jovens consideram este elemento importante demais para não o divulgar. É indispensável que os outros nos possam contactar! Para os autores apenas 61% dos jovens indicaram “informação de contacto”, mas se fosse eu a fazer o estudo esta percentagem elevar-se-ia a 100% porque os blogues também recebem comentários ;)

É evidente que os jovens têm de ser verdadeiros nesta informação básica, que nós apenas não perguntamos quando estamos nas situações de diálogo face-a-face porque ela é evidente, frente aos nossos olhos ;) Realmente a nossa conversa não é a mesma com homens ou com mulheres, com crianças ou com adultos, portanto tal como nós precisamos de conhecer determinada informação básica de referência sobre o outro, também os bloggers precisam de divulgar essa mesma informação.

A pergunta 5. será certamente a mais perigosa em termos de segurança dos jovens, e estes são suficientemente inteligentes para não lhe responderem nos blogues.

Quando ao “atraso” dos jovens recordaria aos psicólogos que a adolescência resulta do prolongamento da escolaridade obrigatória nas sociedades modernas. É a fase da vida em que as “crianças” permanecem na escola por imperativos da sociedade democrática e da igualdade de oportunidades. Com o alargamento da escolaridade obrigatória chegamos a ter crianças com 18 anos (!) que por frequentarem a escola têm direito a cama, mesa e roupa lavada na CP (casa dos pais!)

Nas comunidades primitivas, os rituais de iniciação marcam a transição da criança para o adulto! A adolescência é uma invenção ocidental associada à eternização da vida escolar.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Entrevista a jovens sobre a utilização social dos media digitais

A construção da identidade pessoal é considerada a tarefa mais importante da adolescência. Zacarés (1997, citado por Schoen–Ferreira e tal, 2003) entende que a identidade desenvolve-se durante todo o ciclo vital, mas é no período da adolescência que ocorrem as transformações mais significativas. É a primeira etapa da vida onde estão reunidos todos os ingredientes para uma construção de identidade social.
A Internet transformou a nossa sociedade numa rede à escala global. Todas as actividades humanas estão a ser modificadas pela “invasão” da Internet.
Os jovens através da Internet realizam e transformam pessoalmente aprendizagens significativas. Escutar o que estes têm a relatar das suas experiências online dá-nos uma perspectiva valiosa para compreender o papel que as novas tecnologias estão a desempenhar sobre a adolescência.
O objecto deste trabalho é identificar marcas identitárias da adolescência analisando a utilização que os jovens fazem da Internet, através de entrevistas, tendo em conta os seguintes tópicos: perfil do entrevistado; conhecimento dos media; formas de participar nos media; eu e os media; eu e os amigos nos media e relações entre os media e família. Foram realizadas nove entrevistas, a alunos com idades compreendidas entre os 11 e os 17 anos.
“As operações primárias da pesquisa, que precedem todas as finalidades de explicação ou mesmo do tratamento do material recolhido, são fundamentais, mas frequentemente são as menos problematizadas ou exploradas” (Boltanski, Thévenot, 2001:13) porque os cientistas sociais gostam de criar grandes categorias que utilizam na explicação dos fenómenos. Neste trabalho, uma vez que dispunhamos apenas de 9 entrevistas a própria realidade impôs que a sua análise seria necessariamente de carácter qualitativo, valendo sobretudo pelas justificações apresentadas pelos entrevistados, que destacámos ao longo do texto, como fonte de reflexão e elemento chave das conclusões que apresentamos.

NOTA: Este texto é a Introdução de um Trabalho de Grupo.

sábado, 5 de junho de 2010

E-Generation: Os Usos de Media pelas Crianças e Jovens em Portugal

  • O estudo tem por objectivo: O mapeamento dos estilos de vida mediáticos de jovens e oportunidades de evolução dos mercados; caracterização dos contextos e usos de media de crianças e jovens em Portugal; e a comparação de resultados a nível europeu e global numa primeira fase (2006) entre Portugal e Catalunha e numa segunda fase EUA, Canadá; Alemanha, Singapura, Índia, Japão, China, Chile, Argentina, França, Reino Unido, Itália, Suécia e Espanha no quadro do World Internet Project.
    http://www.cies.iscte.pt/projectos/ficha.jsp?pkid=251

O relatório “E-Generation: Os usos dos media pelas crianças e pelos jovens em Portugal” responde à pergunta “como vivem os jovens portugueses?”, tentando explicar diversos aspectos do quotidiano dos jovens nascidos após 1990. Como estudam, como ocupam os seus momentos de lazer, a centralidade dos media e implicações da sua reestruturação na estrutura familiar e em termos genéricos no modo como se relacionam entre si e com o Mundo. Em razão da sua faixa etária e do “poder” que agora é atribuído aos jovens pelas tecnologias tomam particular interesses os conflitos destes com os pais e a discussão da aquisição de competências extra-escolares que a Escola poderá não estar a valorizar.

Este relatório de Gustavo Cardoso (Coordenador), sem nunca referir Marc Prensky, caracteriza para o universo da população portuguesa o seu conceito de nativos digitais, que este divulgou nos papers Digital Natives, Digital Immigrants e The Emerging Online Life of the Digital Native.

No projecto E-Generation a metodologia de recolha dados consistiu na aplicação de um questionário presencial a uma amostra representativa de jovens dos 8 aos 18 anos, mas o seu relatório inclui também resultados de outro estudo do CIES-ISCTE, “Crianças e Jovens: A sua Relação com as Tecnologias e os Meios de Comunicação”, cujos dados foram recolhidos através de um questionário aplicado online.

(...)

O erro da auto-selecção, referido pelos autores como característica comum a todos os inquéritos online, pode ser ultrapassado mediante a atribuição de códigos aos elementos da amostra construída pelo investigador. Por exemplo, a minha escola está a aplicar um questionário online, mas só quem recebeu o respectivo código tem possibilidade de responder http://framework.anotherstep.pt/index.php?id=130

O estudo datado de 2007 é omisso quando ao recente desenvolvimento das redes sociais e ao declínio da popularidade dos blogues entre os jovens, mas compreende-se facilmente que estas cumprem mais eficazmente as funções de comunicação desejadas pelos jovens. Trocar comentários e ver fotos dos amigos é muito mais simples no FaceBook que nos blogues.

Duvido bastante que apenas dentro daqueles que têm acesso à Internet, apenas 31,5% utilize algum serviço de mensagens instantâneas (p. 92), porque pela minha experiência o MSN será mesmo a primeira aprendizagem de muitos jovens, que o sabem utilizar de diversas maneiras, até escondido numa janela do browser para escaparem ao policiamento dos pais e dos professores. O reduzido número dos que indicam utilizar estes serviços pode resultar da sua estigmatização.

A utilização da Internet pelos jovens decorre num clima de ausência de controlo por parte dos pais e dos professores, que realmente desconhecem as actividades que os jovens têm geralmente sozinhos no Mundo online. Não posso deixar de considerar significativo que os pais não conheçam o conteúdo do mail dos jovens nem acedam ao histórico dos respectivos browsers. Já agora, é igualmente significativo que neste estudo se tenham esquecido de perguntar pelo histórico dos programas de mensagens instantâneas! Conhecer o software e gastar alguns minutos a verificar a utilização que os jovens fazem da Internet permitiria aos pais e aos professores um conhecimento mais aprofundado dos jovens, talvez vivessem mais tranquilos e não precisassem de lhes impor restrições que dão frequentemente origem a discussões familiares e conflitos nas turmas. Desconhecendo as ameaças reais, pais e professores acabam por estabelecer proibições arbitrárias de acordo com as representações da utilização “saudável”.

Gostaria de dizer que controlar os jovens, conhecendo o conteúdo dos seus mails, os sites que visitam, as conversas que têm pode não ser uma tarefa fácil! O jovem pode ter outra conta de mail, pode navegar anonimamente em alguns momentos, e pode não gravar determinadas conversas! Isto é, o controlo das actividades realizadas na Internet pode tornar-se um jogo do gato e do rato em que vencerá quem tiver mais conhecimentos técnicos! Dito de outra maneira, se querem conhecer as actividades dos jovens deverão acompanhá-los mesmo em vez de os deixarem entregues aos computadores!

Neste contexto costuma surgir o argumento da falta de tempo dos pais para acompanharem os jovens, porque têm de trabalhar. Pelo menos é importante que reservem o tempo suficiente para escutarem os jovens participando na sua socialização, onde as ferramentas da comunicação desempenham um papel cada vez mais importante. Porém muitos dos fantasmas que frequentemente amedrontam pais e professores não têm geralmente justificação porque os jovens preferem relacionar-se entre si. Não quer isto dizer que pais e professores se possam desobrigar das suas tarefas educativas. Estou convencido que um jovem que disponha de adultos dialogantes, com os quais possa contar para aprender a utilizar a Internet, ficará facilmente consciente dos seus perigos e das suas ameaças. Estes jovens utilizarão a Internet eficazmente nas tarefas escolares e no seu quotidiano, bem como a Internet poderá ser mais um vínculo gerador de relações mutuamente compensadoras. Neste caso os adultos conservariam a sua autoridade, porque demonstrariam conhecer a tecnologia. Infelizmente, as coisas não são assim na generalidade dos casos.

NOTA
Este post apresenta apenas o início e a conclusão do trabalho.

sábado, 29 de maio de 2010

Informação e Identidade na Internet

A generalidade das reflexões que tenho lido apresentam o lado negro da Internet, portanto resolvi reflectir apresentando-me como seu advogado.

1. A informação (credível, investigada, tendo por base fontes seguras) versus a não-informação (Informação sem rigor, ou que pode ser falsa, deturpada, manipulada ou apresentada fora de contexto).

Este ponto trouxe-me à memória a história do ARRASTÃO QUE NUNCA EXISTIU a 10 de Junho de 2005 na praia de Carcavelos. Toda a imprensa séria embarcou na onda, designadamente as televisões não podiam perder aquele prime time ;) Segundo os vídeos que podemos ver no YouTube (Parte 4) o comandante da região metropolitana de Lisboa da PSP uma hora depois dos acontecimentos já sabia não ter existido arrastão nenhum, mas terá sido atropelado pela sede de “informação” dos “jornalistas”, pela sede de reforço da polícia, pela propaganda política nacionalista que vê em cada negro um alvo a abater.

A Internet, como uma avó paciente, permite que se compreenda a história sem necessidade de nos precipitarmos, através dos vídeos que aguardam a nossa visita no YouTube:

Era uma vez um arrastão parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=9pfS50Ycguw
Era Uma vez um arrastão parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=krHE6BpRK5g
Era uma vez um arrastão parte 3
http://www.youtube.com/watch?v=O-0UFPJi5tA
Era uma vez um Arrastão parte 4
http://www.youtube.com/watch?v=gCZ1KmlqgqU

Eu recordo-me de já ter visto estes vídeos antes, acompanhados de comentários da jornalista Diana Andringa no site http://www.eraumavezumarrastao.net que neste momento apresenta páginas em chinês! Provavelmente ser-lhe-ia caro manter este domínio, e o país não tem uns míseros euros para gastar em CULTURA, num site que todos deveríamos recordar. Assim resta-me agradecer aos monstros que violam a nossa privacidade, YouTube e Google, o facto de ainda poder ver estes vídeos.

2. Google Master Plan
O controlo da informação pelo Google é frequentemente retomado por muitos que advogam estar em causa a nossa privacidade. É o argumento do site:
http://masterplanthemovie.com/

Curiosamente uma colega que desenvolveu este tema também mostrou um vídeo que mostra que o Google é melhor lugar para trabalhar! Um local onde as pessoas se sentem realizadas por lá trabalhar, e são mais produtivas por isso! Eu gostaria que os empresários portugueses – onde estão eles? – seguissem este exemplo em vez de tentarem competir com os países do 3º Mundo à custa de mão-de-obra barata.

Sobre este tema uma colega escreveu um pouco alarmada que o Google Dashboard sabe tudo sobre nós! “Ele sabe tudo, onde andamos, os amigos que temos, em que páginas andamos...”

Realmente se googlarem netodays terão mais de 9.000 resultados, mas significa isto que perdi a minha privacidade? Certamente que não, porque apenas encontrarão o que eu decidi que poderia ser público. Basta utilizar outra conta do Google para o motor de pesquisa “pensar” que eu sou uma pessoa diferente e arquivar os meus dados noutro Google Dashboard. Nós somos livres de criar diferentes identidades na Internet, e deste modo manter a nossa privacidade. Essa será uma das razões para um crescimento tão rápido do FaceBook, por exemplo.

O mais engraçado é que se vos contactar com um endereço/FaceBook diferente também não me conhecem ;) portanto tenho ou não garantida a privacidade?

Se mudássemos de endereço sistematicamente nunca ninguém nos conhecia. Isso também era chato! Assim, em cada momento nós decidimos o que nos interessa que os outros conheçam e o que não interessa, construindo a(s) nossa(s) identidade(s) no Mundo Digital.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

User Base

Segundo o digitalnative.org o conceito User Base refere-se ao número de utilizadores regulares de um site, a maioria dos quais terão provavelmente contas registadas. O número de visitantes únicos por dia é também um indicador frequentemente utilizado nas estatísticas dos sites. Quanto maior a base de utilizadores e membros do site, tanto mais atraente é para utilizadores, investidores e anunciantes.

Porém a produção de estatísticas na Internet ainda não estabeleceu normas padronizadas de contagem, sendo frequentemente referidos simplesmente os utilizadores ou users.

A guerra da contagem dos utilizadores não se circunscreve aos sites. São exemplos clássicos desses confrontos estatísticos a guerra dos browsers ou a dos sistemas operativos. É interessante observar que os Desktops correm em Windows enquanto os supercomputadores correm em Linux.

Já sabemos que a Internet tem maior penetração na América do Norte e menor em África.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

O FaceBook é hoje a nova face da Internet

O FaceBook é hoje líder indiscutível nas redes sociais. Obteve a liderança graças a uma tecnologia que lhe permite integrar facilmente todos os conteúdos gerados pelos utilizadores das mais diversas formas. Os posts dos blogues, os tweetes do Twitter, o que se diz no Buzz ou no Google Talk, os vídeos do YouTube, as fotos do Picasa ou do Flickr, tudo pode ser apresentado com uma formatação semelhante quando transposto para o FaceBook. Além dos particulares que não têm paciência nem conhecimentos técnicos para fazer sites, mas que se vão entretendo a preencher os espaços do FaceBook, os grandes sites institucionais - por exemplo, a OCDE - e os produtos ou serviços mantêm no FaceBook um perfil que reproduz a informação do site oficial. Desde modo os utilizadores no FaceBook tem acesso a muita informação mesmo apenas no interior da aplicação.

Assim, se na primeira fase fase da Internet a Web foi o seu lado mais visível, com o desenvolvimento da Web 2.0 parece inquestionável que a sua face mais brilhante é o FaceBook. A imagem abaixo mostra a sua liderança no contexto das redes sociais.

Fonte: Business Insider.

terça-feira, 27 de abril de 2010

DownloadHelper - Firefox plugin

Instalando o DownloadHelper fica muito simples gravar vídeos no Firefox.


NetSpeak

Que tipo de riscos pode ter esta linguagem de rede na língua portuguesa padrão? - perguntou a Anabela.

Gostaria de desdobrar a resposta em duas partes: 1) a universalização da língua inglesa; 2) o desejo secreto dos jovens de comunicarem entre si sem serem percebidos pelos adultos.

1 - O NetSpeak resulta da globalização da língua inglesa, utilizando a Internet, e traduz-se simultâneamente na morte de linguagens menores. A este respeito o Ciberdúvidas refere que o inglês não representa qualquer perigo para o português, mas o próprio português constitui uma ameaça para os idiomas indígenas no Norte do Brasil.

Os glossários globais como o Internet Slang Dictionary contribuem para a universalização da língua inglesa.

2 - Creio que o maior sonho dos jovens será semelhante ao das gerações que os precederam. Que chatice que era "ligar" nos anos 70 para o telefone da namorada e ser atendido pelos pais! Havia que inventar uma desculpa para evitar que o "caso" começasse a ser comentado a partir dali ;)

Deixar hoje no FaceBook uma mensagem que todos consigam descodificar é frustrante, pois os jovens preferiram escrever mesmo numa linguagem "secreta" que os adultos não entendessem.

Assim a NetSpeak pode ser uma espécie de código inventado para as ideias serem partilhadas exclusivamente entre o grupo dos adolescentes.

Assim, quando os "Jovens utilizam escrita secreta no Facebook para despistar adultos" este fenómeno não me parece novo. Apenas me faz recordar a fruta do Pinto da Costa ;)

domingo, 25 de abril de 2010

A tecnologia nunca toma decisões

Concordo com o autor de TECNOGNOSE quando afirma que os meios de comunicação alteram o pensamento, a percepção e a experiência social:

“Assim que inventamos um novo meio significativo de comunicação - tambores, rolos de papiro, livros, galenas, computadores, pagers -reconstruímos parcialmente o eu e o seu mundo, criando novas oportunidades (e novas armadilhas) para o pensamento, a percepção e a experiência social”. (p. 5)

Contrariamente a Erik Davis não procuro “mapas imaginários” nem “referências místicas” (p. 7). Obviamente que também não me sinto “engolido” nem “a engolir” ninguém pela Internet, antes a sinto como um o espaço por excelência onde é possível o convívio de diversas culturas sem que nenhum agente seja forçado a abdicar dos traços caracterizadores da sua identidade.

O autor distingue “dois métodos básicos de codificação que definem os meios de comunicação: análogo e digital”, mas arranjando uma trama onde mistura o espírito com a alma, foge deliberadamente à exploração científica da própria História da Tecnologia, que do meu humilde ponto de vista teria maior utilidade para afastar estes fantasmas.

Na História dos Media já inscreveu o seu nome Marshall McLuhan, que distingue três grandes períodos, culturas ou galáxias. A cultura oral ou acústica, própria das sociedades não-alfabetizadas, cujo meio de comunicação por excelência é a palavra oral (dita e escutada), a cultura tipográfica ou visual (Galáxia de Gutenberg) que caracteriza as sociedades alfabetizadas e que, pelo privilégio atribuído à escrita e, consequentemente, à leitura, se traduz na valorização do sentido da vista e a cultura electrónica, de que se podem já hoje pressentir alguns sinais e que é determinada pela velocidade instantânea que caracteriza os meios eléctricos de comunicação e pela integração sensorial para que esses meios apelam.

A cada uma destas configurações ou galáxias corresponde um modo próprio de o homem pensar o mundo e de nele se situar.

De um modo talvez brutal Marshall McLuhan afirmou que “As sociedades têm sempre sido redesenhadas mais pelas características dos meios de comunicação utilizados pelos homens que pelo conteúdo da comunicação”.


A cultura electrónica não é magia e não poderá por si mesma resolver os problemas do Mundo como a pobreza extrema e catástrofe climática que se avizinha, mas deve-se reconhecer que estes já são uma herança da sociedade industrial e do equilíbrio do terror que se viveu desde o final da II GGM até à queda do muro de Berlim. Sem dúvida que a estabilidade dos valores sociais era maior durante a Guerra Fria, mas se a cultura electrónica apresenta maiores riscos para os info-excluídos, também traz consigo mais oportunidades para os mais competentes, como refere o Manifesto Internet subscrito por um grupo de jornalistas:

A Internet constitui uma infraestrutura para uma mudança social, superior à dos meios de comunicação de massa do Séc.XX: Quando tem uma dúvida, a "geração Wikipedia" é capaz de dar valor à credibilidade de uma fonte, é capaz de seguir a notícia até à sua fonte original, pesquisá-la, verificá-la e avaliá-la – sozinha ou como parte de um esforço conjunto. Os jornalistas que ignoram isto e que não querem respeitar estas competências não são levados a sério por estes utilizadores da Internet. E com razão. A Internet possibilita a comunicação directa com aqueles que eram conhecidos como receptores – leitores, ouvintes e espectadores – e permite tirar partido dos seus conhecimentos. Não são os jornalistas que sabem tudo que são procurados, mas sim aqueles que comunicam e investigam.


O nível de exigência aumentou em todas as profissões porque a concorrência está agora mais próxima em resultado da globalização das economias e do desenvolvimento das tecnologias da comunicação.

Sinceramente custou-me ler um autor que critica a globalização como se este fosse um fenómeno recente e evitável, ignorando que as próprias Cruzadas se deveriam integrar no processo. Igualmente não poderei aceitar a responsabilização da plataforma tecnológica pela possibilidade de fazer um mestrado de pantufas.

Por fim, compreendo as “reflexões tecnológicas para o barulho” de Erik Davis porque o desenvolvimento tecnológico e a competitividade económica deverão ser utilizados com imaginação como ferramentas para a construção de uma organização social e económica mais justa, que procure satisfazer as necessidades da geração actual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras. Reuniões infrutíferas entre os poderosos que transmitem a ideia de a Terra estar a caminhar desgovernada por um desfiladeiro, como a Cimeira de Copenhaga, http://copenhaga.blogs.sapo.pt/, poderão levar alguns a culpar as tecnologias pelas consequências não pretendidas das decisões. Mas a tecnologia nunca toma decisões. Quem decide são os Homens.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Tratamento de imagens

Uma imagem original com cerca de 6536 KB pode ser tratada no PhotoShop ficando apenas com 2.9 KB e sem perda significativa de qualidade. Incrementando o peso da imagem para 6.7 e 8.7 KB não se observam melhorias significativas. O conjunto das três imagens referidas está aqui, com link para a original.

Além das imagens do Google, há outros arquivos interessantes:

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Revuloção dos Média Sociais

terça-feira, 13 de abril de 2010

Criar imagens com fundo transparente no Photophop


Na Web as imagens são todas quadrangulares (quadrados ou rectângulos), mas nós vemos imagens das formas mais variadas. Consegue-se esse efeito definindo o fundo da imagem como transparente.

Quando tiver tempo explico, entretanto aqui também indicam como se faz.

Best Sites

Best Technology Sites - Larry Ferlazzo

A memória do Twitter

Lembra-se do primeiro tweet que escreveu?

Estão todos salvos na http://www.twimemachine.com/.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Google - Dicas de pesquisa

Toda a gente utiliza o Google, mas este apresenta muitas características que geralmente quase ninguém conhece.

A minha feature preferida é que a pesquisa num site, particularmente simples de utilizar se for instalada a Google Toolbar.

Por exemplo, se quiser encontrar a Lei da Água e estiver no site do Instituto da Água, basta fazer a pesquisa no site para obter imediatamente o respectivo diploma legal. Assim deixamos de ficar dependentes do mau desenho das páginas, e conseguimos obter mesmo documentos sem link na página, desde que se encontrem no respectivo servidor ;)




Outras dicas do Google

10 Simple Google Search Tricks

domingo, 11 de abril de 2010

Aggregator

Aggregator pode ter dois significados: 1. news aggregation websit; ou 2. feed aggregator, também designado feed reader, news reader, rss reader ou simplesmente aggregator.

  1. Entre os agregadores como websites o mais conhecido é o http://news.google.com. Utilizando a sua linguagem, indexa os títulos, leads e imagens de numerosos órgãos de informação, e apresenta-os numa página personalizável pelo utilizador que poderá seguir os respectivos links até ao meio de comunicação que produziu a notícia, no caso de estar interessado na leitura integral dos artigos.
    Jornais com menor visibilidade adquiriram assim mais leitores. Os jornais já institucionalizados apresentaram queixa contra o Google alegando que os conteúdos estariam a ser copiados. Na lógica da sociedade digital indexar é diferente de copiar e as queixas foram improcedentes.
    Refira-se que os agregadores mudaram o modo como as pessoas liam os jornais, levando os leitores a escolher entre um conjunto de fontes mais diversificadas (editorsweblog.org/).
    Outros agregadores populares são o http://news.yahoo.com/, o http://digg.com/, o http://www.huffingtonpost.com/, o http://www.thedailybeast.com/, o http://alltop.com/, o http://popurls.com/.


  2. Um agregador também pode ser um leitor de feeds, que permite ler os novos posts dos sites ou blogues em o leitor se inscreveu. Um exemplo é Google Reader, mas há uma extensa lista de leitores de feeds. A ideia é poupar tempo e paciência a visitar os sites em busca de novos conteúdos quando frequentemente continuam na mesma.


sábado, 10 de abril de 2010

Leitura crítica da construção da adolescência e da divulgação de dados pessoais

Ler aqui.

Os jovens estão a trocar os blogues pelo FaceBook

Os posts com aspectos mais sociológicos ficam noutro blogue. Este ficará reservado para aspectos mais técnicos.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Estado da Internet



Crescimento exponencial desde 1995.

A minha primeira página em HTML ;)

A minha primeira página em HTML
Classificações dos alunos no 1º Período


----------------------------------------------
Aluno Disciplina
----------------------------------------------
Belarmino dias 12
Carlos Santos 13
Joana Ramos 14
Rui Santos 10
----------------------------------------------






Para obter este resultado foi utilizado o código que mostro abaixo:



quarta-feira, 7 de abril de 2010

Software - Onde?


Todos os programas têm o respectivo site com informações desenvolvidas. Estes são indicados quando já sabemos bem o que queremos e/ou desejamos responder a questões muito específicas.

Quando apenas temos uma ideia do que desejamos,a pesquisa do software passa pela utilização de servidores onde podemos encontrar programas variados.

http://www.freenew.net/ não tem qualquer semelhança com os servidores comuns, porque tem relativamente poucos programas, mas esse aspecto acaba por ser vantajoso porque todos nos parecem essenciais. Outra surpresa interessante é que o download do software é aqui bastante mais simples que na página do respectivo produto! Se não acredita experimente fazer o download da firewall Zone Alarm (versão freeware)


Software Livre nas Escolas - O servidor do ME


Alguns dos servidores mais comuns

http://www.tucows.com/

http://www.download.com/

http://www.software.com/

http://www.shareware.com/

http://www.jumbo.com/

Obtêm-se mais resultados procurando freeware no Google.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Papel electrónico

  • Quer mudar, sempre que lhe apetecer, a cor das paredes ou dos tectos da sua casa, dos vidros das janelas, dos electrodomésticos ou do seu carro? Num futuro próximo tudo isto será possível graças à última invenção de Elvira Fortunato e Rodrigo Martins: o transístor electrocrómico, que muda a cor a qualquer superfície contínua onde é implantado.
    EXPRESSO, 26 de Abril de 2009




Será mesmo necessário papel? Passem-se que eu também me passei ;)






Lurdes Viana

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Porquê a criação de um e-portefólio?

  • Comparativamente ao portefólio construído em papel, o e-portefólio ou portefólio electrónico, possibilita maior dinâmica, diálogo e reciprocidade, na medida em que permite aos diferentes intervenientes a partilha de ideias, momentos, experiências, saberes, de uma forma contínua. Ao contrário do portefólio tradicional (em papel), o e-portefólio, encontra-se disponível a uma audiência, mais ou menos vasta, possibilitando ao autor a recolha de comentários sobre o mesmo, que podem contribuir para enriquecer a reflexão pretendida. Assim, a reflexão realizada por cada aluno a título individual passa a ser partilhada e discutida, permitindo uma forte componente de interacção/cooperação nas actividades de ensino-aprendizagem. Por outro lado, as capacidades multimédia e a navegação inerente a estes suportes electrónicos, permitem a este documento reunir informação de diferente natureza, a que se acede facilmente, podendo tirar-se partido destas possibilidades quer na construção do documento quer na sua consulta.
    Mais?


Estou realmente a estudar as matérias de que gosto, do modo como eu próprio trabalho e indico aos meus alunos...


Conteúdo do e-portefólio:

  • Para cada actividade realizada ao longo do semestre:


    • 1. Redigir um comentário pessoal acerca da realização da actividade, focando aspectos como: as dificuldades sentidas durante a realização da actividade, os conhecimentos adquiridos, a pertinência da actividade para a aprendizagem, entre outros;


    • 2. Apresentar recursos complementares que ilustrem a actividade/temática trabalhada (vídeos, sites, bandas desenhadas, artigos bibliográficos, entre outros) com respectiva justificação.


  • Análise e reflexão final pessoal sobre o percurso realizado na Unidade Curricular, referindo aspectos como: conhecimentos teóricos adquiridos, dificuldades sentidas, aspectos positivos e negativos da UC, a pertinência da UC para a formação, entre outros.


Maria João Silva

Transístor de papel

Uma folha de "papel" reutilizável vezes sem conta, ou "azulejos" que podem mudar de cor conforme nos apetece já não são ficção.


Add (or Friend)

A primeira rede social, o ICQ, inventou o conceito de “Buddy”, também utilizado pelo site http://www.ebuddy.com/ mas deverá reconhecer-se que ser considerado apenas camarada ou companheiro em determinada actividade não tem particular envolvência. Então, para simplificar a difusão das redes sociais, os seus empresários começaram a utilizar o termo “Friends”.

Convidar “amigos” para a nossa rede não implica à partida (embora também não exclua) a existência de uma amizade prévia. Nem implica a pretensão de a estabelecer. Quando muito, é uma porta que se abre — ler alguém, episódica ou repetidamente, pode levar à descoberta de alguém com um interesse temático coincidente.

Equivocam-se os sociólogos e psicólogos que vêem as coisas mais mirabolantes nas redes sociais, diabolizando-as ou incensando-as — muitas vezes alternadamente. Uma rede é uma rede — uma estrutura que permite contactos desintermediados com cada nó da rede, tirando nós daí o partido que entendermos. Ou mesmo tirando valor meramente da observação passiva da actividade da rede – trending, crowdsourcing.
http://pauloquerido.pt/tecnologia/quem-sao-os-amigos-nas-redes-sociais-e-como-os-contabilizar/#more-3389

As pessoas têm interesse em participar em redes pelas mais variadas razões. A complexidade do mundo actual explica a nossa impossibilidade de conhecer todos os sistemas técnicos e a necessidade de seguir os “peritos”, que pode realizar-se observando o que fazem os amigos.

Apresentando como secundário o interesse nos contactos sociais/pessoais, há redes que têm o pretexto de facilitar a aprendizagem de línguas: Busuu, Italki e Livemocha. Face à dimensão que as redes sociais adquiriram não será forçado admitir que venham adquirir expressão como fóruns de participação cívica e de expressão política. A 20 de Março, o dia Vamos Limpar Portugal foi organizado numa rede de “amigos”, mobilizando mais de 100.000 pessoas, muito mais do que conseguiria qualquer ONG. Já nas últimas eleições legislativas o PS promoveu a rede social Sócrates2009 para fazer chegar as suas mensagens a um público que não é mobilizado pelos comícios.

Apesar da bondade dos aspectos acima referidos, a observação da expansão das redes leva-me a concluir que o interesse número um das sociais são mesmo os contactos sociais/pessoais, embora a primeira regra da etiqueta seja mesmo excluir (temporariamente) qualquer interesse em contactos pessoais, o que é absolutamente necessário para o crescimento da rede virtual.

  • Pergunta-se a alguém porque está no Facebook e a primeira resposta é: "porque me interessa profissionalmente, para estabelecer contactos". Como - um tipo é dentista (ou fotógrafo, ou canalizador ou advogado) e angaria clientes no Facebook? "Não, claro, que não!", respondem logo. Então? Porque têm negócios ou produtos que lhes interessa divulgar - resposta nº 2. Ah, então é uma rede de comerciantes, que aproveitam a publicidade grátis? "Bem, também não", respondem, já levemente embaraçados. Afinal, insisto, é porquê?
    Miguel Sousa Tavares


Evidentemente que não podemos suportar a visão de "desgraçados" com que fomos brindados por Miguel Sousa Tavares, pois a sua perspectiva ainda não reconheceu as múltiplas sociabilidades da sociedade moderna. Por exemplo, como poderemos demonstrar a estima por colegas com quem trabalhamos efectivamente, mas que se encontram a centenas de quilómetros? Ou por quem lemos mais frequentemente? Finalmente a adesão às redes sociais foi de tal ordem que já é possível substituir os telefonemas a familiares por mensagens no FaceBook ;)

Todos sabemos que um conhecido não é um amigo. Este pressupõe uma multiplicidade e intensidade dos laços não suposta no primeiro. Compete à Sociologia e à Psicologia explicarem porque é que nas redes sociais as pessoas adicionam facilmente desconhecidos e perfis fantasma, mas recusam os colegas com os quais são obrigados a trabalhar todos os dias, transformando o Facebook numa gigantesca Disneylândia para jogarem ao Farmville em vez de utilizarem as suas potencialidades de comunicação.

Strangers You May Know: The Sociology of Facebook Friending