sábado, 24 de dezembro de 2011

OER Blogroll

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Justificação da selecção de 2 REA online

Todos os dias proponho actividades de aprendizagem aos alunos, mas a sua planificação reveste apenas um carácter formal, para poder dizer que os documentos foram apresentados ao Conselho Pedagógico, porque em rigor a crítica está ausente. Neste sentido, porque sei que desta vez serei lido, esta foi uma actividade nova.

Se não tivesse escuta, ter-me-ia desenrascado como habitualmente, propondo aos estudantes a utilização dos sites de algumas organizações internacionais, cujos endereços venho coleccionando – nos Indicadores Online - para o estudo da heterogeneidade de situações de desenvolvimento.

Quanto a critérios para escolha de recursos, até aqui considerava a página da B-ON sobre avaliação de recursos para professores uma excelente referência, pelo que apenas mencionarei, por agora, os seguintes:

1 - Autoridade

2 - Cobertura

3 - Objectividade

4 - Rigor

5 - Actualidade

A tarefa de ARE especificava que deveria indicar dois REA’s, pelo que também verifiquei um outro critério:

6 - Licenciamento

O conceito de Recursos Educativos Abertos começou inicialmente por me provocar problemas porque os sites das organizações internacionais geralmente não indicam expressamente qualquer licença, e frequentemente nem encorajam a reutilização dos ficheiros que disponibilizam. Na ausência de permissão expressa nos sites e/ou produtos online, estes deverão ser encarados como protegidos pelas leis de copyright. Embora no ensino possamos fazer a transposição da interpretação do “fair use” americano, como professor também devo sensibilizar os estudantes para as restrições à utilização da Internet, e promover a utilização dos REA’s.

Após alguma pesquisa, encontrei os dois REA’s que utilizo na actividade proposta – A heterogeneidade de situações de desenvolvimento - para leccionar parte dos conteúdos do Módulo 7 de Economia do Curso Profissional, no blogue EconomiaX. A planificação desta actividade, bem como a planificação do Módulo 7 encontram-se no Arquivo EconomiaX.

Os REA’s seleccionados foram:

- Google Public Data Explorer

- Gapminder

Quanto aos cinco primeiros critérios, creio que ambos os REA’s os verificam, porque qualquer deles utiliza os dados das organizações internacionais, pretendendo cobrir todos os países com um conjunto diversificado de indicadores, e realizando um trabalho regular para manter as séries actualizadas. Convém registar que estes sites não criam informação estatística, apenas a apresentam, geralmente de uma forma mais simples de observar. Assim, através deles temos acesso a uma imensa massa de dados que se encontra dispersa por fontes diversas.

Quanto ao Google Public Data Explorer as suas características de REA observam-se logo pela facilidade com nos é permitido incorporar os gráficos nos sites ou blogues. O código fornecido pelo GPDE permite que estes sejam actualizados sem nenhuma intervenção posterior.

Logo no início da descrição do produto a Google expressa a sua filosofia de massificar a construção de gráficos a partir das estatísticas públicas e facilitar a partilha destes nas páginas Web:

O Explorador de Dados Públicos do Google permite explorar, visualizar e comunicar facilmente conjuntos de dados de grande dimensão e de interesse público. Graças ao recurso de animação presente nos gráficos e nos mapas, as mudanças ao nível mundial ficam mais fáceis de entender. Não precisa de ser um especialista para navegar entre diferentes vistas, fazer as suas próprias comparações e partilhar as suas conclusões. Esta ferramenta não se destina apenas a estudantes, jornalistas, decisores políticos, mas a qualquer outra pessoa que pretenda criar visualizações de dados públicos, associá-los a outros elementos ou incorporá-los nas suas próprias páginas Web. (...)
Fonte: http://support.google.com/publicdata/bin/answer.py?hl=pt&answer=1100640&topic=1100622&ctx=topic

Os termos de utilização do GPDE estão definidos em http://www.google.com/accounts/TOS parecendo-me mesmo bastante permissivos até quando a aplicações comerciais. Quando à utilização para fins pessoais ou educativos, ficamos aquém do desejável num aspecto importante: através do GPDE não é possível o acesso a ficheiros que possam ser abertos no Excel.

O Gapminder resolve o problema acima referido, podendo-se ler em http://www.gapminder.org/data/ expressamente que:

They can be reused freely but please attribute Gapminder.

Mas o Gapminder vai bastante mais longe. O seu objectivo é desenvolver software livre e sem publicidade, que apresente os dados estatísticos de modo inovador, permitindo que professores, jornalistas e cada um de nós possa continuar a utilizar livremente estas ferramentas.
http://www.gapminder.org/donations/

As FAQ’s também são elucidativas:

As long as your purpose is educational, informational or non-commercial and you give the source: “Free material from www.gapminder.org"

Particularmente para quem estiver interessado em criar materiais educativos:

Yes, please do! We are very interested to look at your material, so please feel free to send us an email and tell us how you use it in your classroom. Please have a look at our teachers page.



REFLEXÃO

A planificação da actividade é uma mera simulação, surgindo apenas o tema/conteúdo mais próximo do título da actividade, mas como se vê pelos objectivos serão certamente abordados outros temas em simultâneo.

Sem dúvida que realizando a actividade de ARE tive um trabalho acrescido na preparação da tarefa para os alunos, mas vejo o tempo adicionalmente gasto como investimento porque os REA’s descobertos me facilitarão bastante futuramente. Obrigado Professor e Boas Festas!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

B-ON

Quem frequenta o ensino superior dispõe de acesso à B-ON, mas não percebo porque é que a generalidade dos docentes não tem, e simultâneamente lhes pedem trabalho de investigação, uma vez que o custo marginal seria nulo.