As concepções cognitivas clássicas encontraram-se reféns da dualidade entre o “saber o quê” e o “saber como”, um produto da nossa estrutura de pensamento linear, herdada da sociedade industrial, mas desadequada da complexa sociedade moderna. “Muitos métodos da didáctica educativa assumem a separação entre “saber” e “fazer”, tratando o conhecimento como um Mundo, uma substância auto-suficiente, teoricamente independente das situações nas quais é aprendida e utilizada”.
http://people.ischool.berkeley.edu/~duguid/SLOFI/Situated_Learning.htm
Brown refere que nas recentes investigações sobre aprendizagem a referida dualidade foi ultrapassada, considerando agora que “a actividade na qual o conhecimento é desenvolvido
e implantado não é separável da cognição. Também não é neutra. Pelo contrário, é parte integrante do que é aprendido. Pode dizer-se que as situações co-produzem o conhecimento através da actividade de aprendizagem” (ibidem).
Nestes domínios há uma liberdade de linguagem porque as convenções são recentes, apresentando-se como objectos de discussão.
A explicitação por Siemens do Ciclo de Desenvolvimento da Aprendizagem (CDA), a cruzar com Quatro Domínios de Aprendizagem oferece os ingredientes necessários para o desenvolvimento de uma concepção conectivista da aprendizagem “em situação”. Acrescentei “em situação” querendo com isso significar que esta grelha de análise se adequará face a cada situação específica, tendo em consideração a fase do CDA, e permitindo interpretações diversas adequadas à constelação de relações entre os actores:
- Num curso tradicional: Domínio da transmissão
- Num processo de aprendizagem contínua em rede: Domínio da acreção
- Colocando ênfase na selecção de recursos pelo aprendente: Domínio da aquisição
- Enfatizando a cognição e reflexão: Domínio da emergência
Muito possivelmente, recentrando a atenção noutros elementos do processo de aprendizagem será possível desenvolver outros domínios da aprendizagem, adaptando esta concepção da aprendizagem ainda a mais situações.
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