As dificuldades sentidas na arrumação de alguns termos, bem como a observação da Vitória sobre a importância da imaginação e da criatividade no ensino sugerem a insuficiência destas duas metáforas.
As metáforas da aquisição e da participação reflectem diferentes perspectivas do processo de ensino e aprendizagem.
A metáfora da aquisição reflecte a imagem do aluno como um contentor a encher, cujos conhecimentos adquiridos poderão ser rigorosamente medidos no final do ano com um termómetro especial (os exames).
A metáfora da participação valoriza o empenhamento dos estudantes nas actividades a que nenhum professor é alheio, a qualidade das relações estabelecidas por estes com os colegas, os professores e a comunidade.
Utilizando esta duas metáforas observe-se, por exemplo, como se aprende uma língua. Certamente poderemos distinguir estudantes com mais ou menos vocabulário adquirido, mas a aprendizagem faz-se sempre em relação com os outros e a própria língua adquire interesse enquanto instrumento de integração social (participação). Também é fácil observar que todos aprendemos a escrever, mas bem poucos somos escritores!
A última observação sugere que será necessário introduzir uma terceira metáfora se quisermos distinguir os alunos mais inspirados dos menos criativos.
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