O FaceBook é hoje líder indiscutível nas redes sociais. Obteve a liderança graças a uma tecnologia que lhe permite integrar facilmente todos os conteúdos gerados pelos utilizadores das mais diversas formas. Os posts dos blogues, os tweetes do Twitter, o que se diz no Buzz ou no Google Talk, os vídeos do YouTube, as fotos do Picasa ou do Flickr, tudo pode ser apresentado com uma formatação semelhante quando transposto para o FaceBook. Além dos particulares que não têm paciência nem conhecimentos técnicos para fazer sites, mas que se vão entretendo a preencher os espaços do FaceBook, os grandes sites institucionais - por exemplo, a OCDE - e os produtos ou serviços mantêm no FaceBook um perfil que reproduz a informação do site oficial. Desde modo os utilizadores no FaceBook tem acesso a muita informação mesmo apenas no interior da aplicação.
Assim, se na primeira fase fase da Internet a Web foi o seu lado mais visível, com o desenvolvimento da Web 2.0 parece inquestionável que a sua face mais brilhante é o FaceBook. A imagem abaixo mostra a sua liderança no contexto das redes sociais.
Fonte: Business Insider.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
terça-feira, 27 de abril de 2010
NetSpeak
Que tipo de riscos pode ter esta linguagem de rede na língua portuguesa padrão? - perguntou a Anabela.
Gostaria de desdobrar a resposta em duas partes: 1) a universalização da língua inglesa; 2) o desejo secreto dos jovens de comunicarem entre si sem serem percebidos pelos adultos.
1 - O NetSpeak resulta da globalização da língua inglesa, utilizando a Internet, e traduz-se simultâneamente na morte de linguagens menores. A este respeito o Ciberdúvidas refere que o inglês não representa qualquer perigo para o português, mas o próprio português constitui uma ameaça para os idiomas indígenas no Norte do Brasil.
Os glossários globais como o Internet Slang Dictionary contribuem para a universalização da língua inglesa.
2 - Creio que o maior sonho dos jovens será semelhante ao das gerações que os precederam. Que chatice que era "ligar" nos anos 70 para o telefone da namorada e ser atendido pelos pais! Havia que inventar uma desculpa para evitar que o "caso" começasse a ser comentado a partir dali ;)
Deixar hoje no FaceBook uma mensagem que todos consigam descodificar é frustrante, pois os jovens preferiram escrever mesmo numa linguagem "secreta" que os adultos não entendessem.
Assim a NetSpeak pode ser uma espécie de código inventado para as ideias serem partilhadas exclusivamente entre o grupo dos adolescentes.
Assim, quando os "Jovens utilizam escrita secreta no Facebook para despistar adultos" este fenómeno não me parece novo. Apenas me faz recordar a fruta do Pinto da Costa ;)
Gostaria de desdobrar a resposta em duas partes: 1) a universalização da língua inglesa; 2) o desejo secreto dos jovens de comunicarem entre si sem serem percebidos pelos adultos.
1 - O NetSpeak resulta da globalização da língua inglesa, utilizando a Internet, e traduz-se simultâneamente na morte de linguagens menores. A este respeito o Ciberdúvidas refere que o inglês não representa qualquer perigo para o português, mas o próprio português constitui uma ameaça para os idiomas indígenas no Norte do Brasil.
Os glossários globais como o Internet Slang Dictionary contribuem para a universalização da língua inglesa.
2 - Creio que o maior sonho dos jovens será semelhante ao das gerações que os precederam. Que chatice que era "ligar" nos anos 70 para o telefone da namorada e ser atendido pelos pais! Havia que inventar uma desculpa para evitar que o "caso" começasse a ser comentado a partir dali ;)
Deixar hoje no FaceBook uma mensagem que todos consigam descodificar é frustrante, pois os jovens preferiram escrever mesmo numa linguagem "secreta" que os adultos não entendessem.
Assim a NetSpeak pode ser uma espécie de código inventado para as ideias serem partilhadas exclusivamente entre o grupo dos adolescentes.
Assim, quando os "Jovens utilizam escrita secreta no Facebook para despistar adultos" este fenómeno não me parece novo. Apenas me faz recordar a fruta do Pinto da Costa ;)
domingo, 25 de abril de 2010
A tecnologia nunca toma decisões
Concordo com o autor de TECNOGNOSE quando afirma que os meios de comunicação alteram o pensamento, a percepção e a experiência social:
“Assim que inventamos um novo meio significativo de comunicação - tambores, rolos de papiro, livros, galenas, computadores, pagers -reconstruímos parcialmente o eu e o seu mundo, criando novas oportunidades (e novas armadilhas) para o pensamento, a percepção e a experiência social”. (p. 5)
Contrariamente a Erik Davis não procuro “mapas imaginários” nem “referências místicas” (p. 7). Obviamente que também não me sinto “engolido” nem “a engolir” ninguém pela Internet, antes a sinto como um o espaço por excelência onde é possível o convívio de diversas culturas sem que nenhum agente seja forçado a abdicar dos traços caracterizadores da sua identidade.
O autor distingue “dois métodos básicos de codificação que definem os meios de comunicação: análogo e digital”, mas arranjando uma trama onde mistura o espírito com a alma, foge deliberadamente à exploração científica da própria História da Tecnologia, que do meu humilde ponto de vista teria maior utilidade para afastar estes fantasmas.
Na História dos Media já inscreveu o seu nome Marshall McLuhan, que distingue três grandes períodos, culturas ou galáxias. A cultura oral ou acústica, própria das sociedades não-alfabetizadas, cujo meio de comunicação por excelência é a palavra oral (dita e escutada), a cultura tipográfica ou visual (Galáxia de Gutenberg) que caracteriza as sociedades alfabetizadas e que, pelo privilégio atribuído à escrita e, consequentemente, à leitura, se traduz na valorização do sentido da vista e a cultura electrónica, de que se podem já hoje pressentir alguns sinais e que é determinada pela velocidade instantânea que caracteriza os meios eléctricos de comunicação e pela integração sensorial para que esses meios apelam.
A cada uma destas configurações ou galáxias corresponde um modo próprio de o homem pensar o mundo e de nele se situar.
De um modo talvez brutal Marshall McLuhan afirmou que “As sociedades têm sempre sido redesenhadas mais pelas características dos meios de comunicação utilizados pelos homens que pelo conteúdo da comunicação”.
A cultura electrónica não é magia e não poderá por si mesma resolver os problemas do Mundo como a pobreza extrema e catástrofe climática que se avizinha, mas deve-se reconhecer que estes já são uma herança da sociedade industrial e do equilíbrio do terror que se viveu desde o final da II GGM até à queda do muro de Berlim. Sem dúvida que a estabilidade dos valores sociais era maior durante a Guerra Fria, mas se a cultura electrónica apresenta maiores riscos para os info-excluídos, também traz consigo mais oportunidades para os mais competentes, como refere o Manifesto Internet subscrito por um grupo de jornalistas:
A Internet constitui uma infraestrutura para uma mudança social, superior à dos meios de comunicação de massa do Séc.XX: Quando tem uma dúvida, a "geração Wikipedia" é capaz de dar valor à credibilidade de uma fonte, é capaz de seguir a notícia até à sua fonte original, pesquisá-la, verificá-la e avaliá-la – sozinha ou como parte de um esforço conjunto. Os jornalistas que ignoram isto e que não querem respeitar estas competências não são levados a sério por estes utilizadores da Internet. E com razão. A Internet possibilita a comunicação directa com aqueles que eram conhecidos como receptores – leitores, ouvintes e espectadores – e permite tirar partido dos seus conhecimentos. Não são os jornalistas que sabem tudo que são procurados, mas sim aqueles que comunicam e investigam.
O nível de exigência aumentou em todas as profissões porque a concorrência está agora mais próxima em resultado da globalização das economias e do desenvolvimento das tecnologias da comunicação.
Sinceramente custou-me ler um autor que critica a globalização como se este fosse um fenómeno recente e evitável, ignorando que as próprias Cruzadas se deveriam integrar no processo. Igualmente não poderei aceitar a responsabilização da plataforma tecnológica pela possibilidade de fazer um mestrado de pantufas.
Por fim, compreendo as “reflexões tecnológicas para o barulho” de Erik Davis porque o desenvolvimento tecnológico e a competitividade económica deverão ser utilizados com imaginação como ferramentas para a construção de uma organização social e económica mais justa, que procure satisfazer as necessidades da geração actual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras. Reuniões infrutíferas entre os poderosos que transmitem a ideia de a Terra estar a caminhar desgovernada por um desfiladeiro, como a Cimeira de Copenhaga, http://copenhaga.blogs.sapo.pt/, poderão levar alguns a culpar as tecnologias pelas consequências não pretendidas das decisões. Mas a tecnologia nunca toma decisões. Quem decide são os Homens.
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sexta-feira, 23 de abril de 2010
Tratamento de imagens
Uma imagem original com cerca de 6536 KB pode ser tratada no PhotoShop ficando apenas com 2.9 KB e sem perda significativa de qualidade. Incrementando o peso da imagem para 6.7 e 8.7 KB não se observam melhorias significativas. O conjunto das três imagens referidas está aqui, com link para a original.
Além das imagens do Google, há outros arquivos interessantes:
Além das imagens do Google, há outros arquivos interessantes:
quinta-feira, 15 de abril de 2010
terça-feira, 13 de abril de 2010
Criar imagens com fundo transparente no Photophop
Na Web as imagens são todas quadrangulares (quadrados ou rectângulos), mas nós vemos imagens das formas mais variadas. Consegue-se esse efeito definindo o fundo da imagem como transparente.
Quando tiver tempo explico, entretanto aqui também indicam como se faz.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Google - Dicas de pesquisa
Toda a gente utiliza o Google, mas este apresenta muitas características que geralmente quase ninguém conhece.
A minha feature preferida é que a pesquisa num site, particularmente simples de utilizar se for instalada a Google Toolbar.
Por exemplo, se quiser encontrar a Lei da Água e estiver no site do Instituto da Água, basta fazer a pesquisa no site para obter imediatamente o respectivo diploma legal. Assim deixamos de ficar dependentes do mau desenho das páginas, e conseguimos obter mesmo documentos sem link na página, desde que se encontrem no respectivo servidor ;)
Outras dicas do Google
10 Simple Google Search Tricks
A minha feature preferida é que a pesquisa num site, particularmente simples de utilizar se for instalada a Google Toolbar.
Por exemplo, se quiser encontrar a Lei da Água e estiver no site do Instituto da Água, basta fazer a pesquisa no site para obter imediatamente o respectivo diploma legal. Assim deixamos de ficar dependentes do mau desenho das páginas, e conseguimos obter mesmo documentos sem link na página, desde que se encontrem no respectivo servidor ;)
Outras dicas do Google
10 Simple Google Search Tricks
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domingo, 11 de abril de 2010
Aggregator
Aggregator pode ter dois significados: 1. news aggregation websit; ou 2. feed aggregator, também designado feed reader, news reader, rss reader ou simplesmente aggregator.
- Entre os agregadores como websites o mais conhecido é o http://news.google.com. Utilizando a sua linguagem, indexa os títulos, leads e imagens de numerosos órgãos de informação, e apresenta-os numa página personalizável pelo utilizador que poderá seguir os respectivos links até ao meio de comunicação que produziu a notícia, no caso de estar interessado na leitura integral dos artigos.
Jornais com menor visibilidade adquiriram assim mais leitores. Os jornais já institucionalizados apresentaram queixa contra o Google alegando que os conteúdos estariam a ser copiados. Na lógica da sociedade digital indexar é diferente de copiar e as queixas foram improcedentes.
Refira-se que os agregadores mudaram o modo como as pessoas liam os jornais, levando os leitores a escolher entre um conjunto de fontes mais diversificadas (editorsweblog.org/).
Outros agregadores populares são o http://news.yahoo.com/, o http://digg.com/, o http://www.huffingtonpost.com/, o http://www.thedailybeast.com/, o http://alltop.com/, o http://popurls.com/. - Um agregador também pode ser um leitor de feeds, que permite ler os novos posts dos sites ou blogues em o leitor se inscreveu. Um exemplo é Google Reader, mas há uma extensa lista de leitores de feeds. A ideia é poupar tempo e paciência a visitar os sites em busca de novos conteúdos quando frequentemente continuam na mesma.
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sábado, 10 de abril de 2010
Leitura crítica da construção da adolescência e da divulgação de dados pessoais
Ler aqui.
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Os jovens estão a trocar os blogues pelo FaceBook
Os posts com aspectos mais sociológicos ficam noutro blogue. Este ficará reservado para aspectos mais técnicos.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
A minha primeira página em HTML ;)
A minha primeira página em HTML
Classificações dos alunos no 1º Período
Para obter este resultado foi utilizado o código que mostro abaixo:
Classificações dos alunos no 1º Período
----------------------------------------------
Aluno Disciplina
----------------------------------------------
Belarmino dias 12
Carlos Santos 13
Joana Ramos 14
Rui Santos 10
----------------------------------------------
Para obter este resultado foi utilizado o código que mostro abaixo:
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quarta-feira, 7 de abril de 2010
Software - Onde?
Todos os programas têm o respectivo site com informações desenvolvidas. Estes são indicados quando já sabemos bem o que queremos e/ou desejamos responder a questões muito específicas.
Quando apenas temos uma ideia do que desejamos,a pesquisa do software passa pela utilização de servidores onde podemos encontrar programas variados.
http://www.freenew.net/ não tem qualquer semelhança com os servidores comuns, porque tem relativamente poucos programas, mas esse aspecto acaba por ser vantajoso porque todos nos parecem essenciais. Outra surpresa interessante é que o download do software é aqui bastante mais simples que na página do respectivo produto! Se não acredita experimente fazer o download da firewall Zone Alarm (versão freeware)
Software Livre nas Escolas - O servidor do ME
Alguns dos servidores mais comuns
http://www.tucows.com/
http://www.download.com/
http://www.software.com/
http://www.shareware.com/
http://www.jumbo.com/
Obtêm-se mais resultados procurando freeware no Google.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Papel electrónico
- Quer mudar, sempre que lhe apetecer, a cor das paredes ou dos tectos da sua casa, dos vidros das janelas, dos electrodomésticos ou do seu carro? Num futuro próximo tudo isto será possível graças à última invenção de Elvira Fortunato e Rodrigo Martins: o transístor electrocrómico, que muda a cor a qualquer superfície contínua onde é implantado.
EXPRESSO, 26 de Abril de 2009
Será mesmo necessário papel? Passem-se que eu também me passei ;)
Lurdes Viana
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segunda-feira, 5 de abril de 2010
Porquê a criação de um e-portefólio?
- Comparativamente ao portefólio construído em papel, o e-portefólio ou portefólio electrónico, possibilita maior dinâmica, diálogo e reciprocidade, na medida em que permite aos diferentes intervenientes a partilha de ideias, momentos, experiências, saberes, de uma forma contínua. Ao contrário do portefólio tradicional (em papel), o e-portefólio, encontra-se disponível a uma audiência, mais ou menos vasta, possibilitando ao autor a recolha de comentários sobre o mesmo, que podem contribuir para enriquecer a reflexão pretendida. Assim, a reflexão realizada por cada aluno a título individual passa a ser partilhada e discutida, permitindo uma forte componente de interacção/cooperação nas actividades de ensino-aprendizagem. Por outro lado, as capacidades multimédia e a navegação inerente a estes suportes electrónicos, permitem a este documento reunir informação de diferente natureza, a que se acede facilmente, podendo tirar-se partido destas possibilidades quer na construção do documento quer na sua consulta.
Mais?
Estou realmente a estudar as matérias de que gosto, do modo como eu próprio trabalho e indico aos meus alunos...
Conteúdo do e-portefólio:
- Para cada actividade realizada ao longo do semestre:
- 1. Redigir um comentário pessoal acerca da realização da actividade, focando aspectos como: as dificuldades sentidas durante a realização da actividade, os conhecimentos adquiridos, a pertinência da actividade para a aprendizagem, entre outros;
- 2. Apresentar recursos complementares que ilustrem a actividade/temática trabalhada (vídeos, sites, bandas desenhadas, artigos bibliográficos, entre outros) com respectiva justificação.
- Análise e reflexão final pessoal sobre o percurso realizado na Unidade Curricular, referindo aspectos como: conhecimentos teóricos adquiridos, dificuldades sentidas, aspectos positivos e negativos da UC, a pertinência da UC para a formação, entre outros.
Maria João Silva
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Transístor de papel
Uma folha de "papel" reutilizável vezes sem conta, ou "azulejos" que podem mudar de cor conforme nos apetece já não são ficção.
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Add (or Friend)
A primeira rede social, o ICQ, inventou o conceito de “Buddy”, também utilizado pelo site http://www.ebuddy.com/ mas deverá reconhecer-se que ser considerado apenas camarada ou companheiro em determinada actividade não tem particular envolvência. Então, para simplificar a difusão das redes sociais, os seus empresários começaram a utilizar o termo “Friends”.
Convidar “amigos” para a nossa rede não implica à partida (embora também não exclua) a existência de uma amizade prévia. Nem implica a pretensão de a estabelecer. Quando muito, é uma porta que se abre — ler alguém, episódica ou repetidamente, pode levar à descoberta de alguém com um interesse temático coincidente.
Equivocam-se os sociólogos e psicólogos que vêem as coisas mais mirabolantes nas redes sociais, diabolizando-as ou incensando-as — muitas vezes alternadamente. Uma rede é uma rede — uma estrutura que permite contactos desintermediados com cada nó da rede, tirando nós daí o partido que entendermos. Ou mesmo tirando valor meramente da observação passiva da actividade da rede – trending, crowdsourcing.
http://pauloquerido.pt/tecnologia/quem-sao-os-amigos-nas-redes-sociais-e-como-os-contabilizar/#more-3389
As pessoas têm interesse em participar em redes pelas mais variadas razões. A complexidade do mundo actual explica a nossa impossibilidade de conhecer todos os sistemas técnicos e a necessidade de seguir os “peritos”, que pode realizar-se observando o que fazem os amigos.
Apresentando como secundário o interesse nos contactos sociais/pessoais, há redes que têm o pretexto de facilitar a aprendizagem de línguas: Busuu, Italki e Livemocha. Face à dimensão que as redes sociais adquiriram não será forçado admitir que venham adquirir expressão como fóruns de participação cívica e de expressão política. A 20 de Março, o dia Vamos Limpar Portugal foi organizado numa rede de “amigos”, mobilizando mais de 100.000 pessoas, muito mais do que conseguiria qualquer ONG. Já nas últimas eleições legislativas o PS promoveu a rede social Sócrates2009 para fazer chegar as suas mensagens a um público que não é mobilizado pelos comícios.
Apesar da bondade dos aspectos acima referidos, a observação da expansão das redes leva-me a concluir que o interesse número um das sociais são mesmo os contactos sociais/pessoais, embora a primeira regra da etiqueta seja mesmo excluir (temporariamente) qualquer interesse em contactos pessoais, o que é absolutamente necessário para o crescimento da rede virtual.
Evidentemente que não podemos suportar a visão de "desgraçados" com que fomos brindados por Miguel Sousa Tavares, pois a sua perspectiva ainda não reconheceu as múltiplas sociabilidades da sociedade moderna. Por exemplo, como poderemos demonstrar a estima por colegas com quem trabalhamos efectivamente, mas que se encontram a centenas de quilómetros? Ou por quem lemos mais frequentemente? Finalmente a adesão às redes sociais foi de tal ordem que já é possível substituir os telefonemas a familiares por mensagens no FaceBook ;)
Todos sabemos que um conhecido não é um amigo. Este pressupõe uma multiplicidade e intensidade dos laços não suposta no primeiro. Compete à Sociologia e à Psicologia explicarem porque é que nas redes sociais as pessoas adicionam facilmente desconhecidos e perfis fantasma, mas recusam os colegas com os quais são obrigados a trabalhar todos os dias, transformando o Facebook numa gigantesca Disneylândia para jogarem ao Farmville em vez de utilizarem as suas potencialidades de comunicação.
Strangers You May Know: The Sociology of Facebook Friending
Convidar “amigos” para a nossa rede não implica à partida (embora também não exclua) a existência de uma amizade prévia. Nem implica a pretensão de a estabelecer. Quando muito, é uma porta que se abre — ler alguém, episódica ou repetidamente, pode levar à descoberta de alguém com um interesse temático coincidente.
Equivocam-se os sociólogos e psicólogos que vêem as coisas mais mirabolantes nas redes sociais, diabolizando-as ou incensando-as — muitas vezes alternadamente. Uma rede é uma rede — uma estrutura que permite contactos desintermediados com cada nó da rede, tirando nós daí o partido que entendermos. Ou mesmo tirando valor meramente da observação passiva da actividade da rede – trending, crowdsourcing.
http://pauloquerido.pt/tecnologia/quem-sao-os-amigos-nas-redes-sociais-e-como-os-contabilizar/#more-3389
As pessoas têm interesse em participar em redes pelas mais variadas razões. A complexidade do mundo actual explica a nossa impossibilidade de conhecer todos os sistemas técnicos e a necessidade de seguir os “peritos”, que pode realizar-se observando o que fazem os amigos.
Apresentando como secundário o interesse nos contactos sociais/pessoais, há redes que têm o pretexto de facilitar a aprendizagem de línguas: Busuu, Italki e Livemocha. Face à dimensão que as redes sociais adquiriram não será forçado admitir que venham adquirir expressão como fóruns de participação cívica e de expressão política. A 20 de Março, o dia Vamos Limpar Portugal foi organizado numa rede de “amigos”, mobilizando mais de 100.000 pessoas, muito mais do que conseguiria qualquer ONG. Já nas últimas eleições legislativas o PS promoveu a rede social Sócrates2009 para fazer chegar as suas mensagens a um público que não é mobilizado pelos comícios.
Apesar da bondade dos aspectos acima referidos, a observação da expansão das redes leva-me a concluir que o interesse número um das sociais são mesmo os contactos sociais/pessoais, embora a primeira regra da etiqueta seja mesmo excluir (temporariamente) qualquer interesse em contactos pessoais, o que é absolutamente necessário para o crescimento da rede virtual.
- Pergunta-se a alguém porque está no Facebook e a primeira resposta é: "porque me interessa profissionalmente, para estabelecer contactos". Como - um tipo é dentista (ou fotógrafo, ou canalizador ou advogado) e angaria clientes no Facebook? "Não, claro, que não!", respondem logo. Então? Porque têm negócios ou produtos que lhes interessa divulgar - resposta nº 2. Ah, então é uma rede de comerciantes, que aproveitam a publicidade grátis? "Bem, também não", respondem, já levemente embaraçados. Afinal, insisto, é porquê?
Miguel Sousa Tavares
Evidentemente que não podemos suportar a visão de "desgraçados" com que fomos brindados por Miguel Sousa Tavares, pois a sua perspectiva ainda não reconheceu as múltiplas sociabilidades da sociedade moderna. Por exemplo, como poderemos demonstrar a estima por colegas com quem trabalhamos efectivamente, mas que se encontram a centenas de quilómetros? Ou por quem lemos mais frequentemente? Finalmente a adesão às redes sociais foi de tal ordem que já é possível substituir os telefonemas a familiares por mensagens no FaceBook ;)
Todos sabemos que um conhecido não é um amigo. Este pressupõe uma multiplicidade e intensidade dos laços não suposta no primeiro. Compete à Sociologia e à Psicologia explicarem porque é que nas redes sociais as pessoas adicionam facilmente desconhecidos e perfis fantasma, mas recusam os colegas com os quais são obrigados a trabalhar todos os dias, transformando o Facebook numa gigantesca Disneylândia para jogarem ao Farmville em vez de utilizarem as suas potencialidades de comunicação.
Strangers You May Know: The Sociology of Facebook Friending
Nativos Digitais vs Imigrantes Digitais
Este trabalho foi publicado noutro blogue, ficando aqui esta referência apenas para agregar todos os trabalhos de MDS sob esta etiqueta.
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