sábado, 29 de outubro de 2011

Professores vão aprender a trabalhar com Linux?

Em resultado da crise financeira e orçamental o Governo não quer pagar mais licenças à MicroSoft nas escolas.

  • O Ministério da Educação e Ciência (MEC) avisou esta semana as direcções das escolas de todo o país que não vai pagar a renovação de licenças de utilização de software da Microsoft dos perto de 50 mil computadores distribuídos entre 2004 e 2007, pelo que aquelas deverão mudar para um sistema de utilização livre, tipo Linux.
    PÚBLICO, 29.10.2011

O Governo sugere que os estabelecimentos desinstalem os produtos Microsoft, substituindo-os pelo sistema Linux Caixa Mágica ou outro que lhe seja equivalente. O problema é que toda a gente conhece o Windows, mas ninguém se aventura no Linux apesar de a tecnologia lá estar até instalada em muitos PC's.

Numa comunidade de professores inovadores já chegou o grito de aflição:

  • 1. Quem vai executar essa mudança? OU seja, quem tem tempo e conhecimento suficientes nas escolas para levar a cabo tais (des)instalações?
    2. Que formação será dada aos Professores sobre a utilização do Linux?
    3. Quem fará a manutenção e adaptação de drivers/controladores, quando houver necessidade de instalar certos softwares nessas máquinas?

    Importante: esta orientação só se aplica aos PCs das salas TIC comprados em 2004/2005 e aos portáteis comprados para os professores em 2006 – não se aplica a mais nenhumas máquinas!
    O Ministério não está a mandar desinstalar, está a informar que não tem dinheiro centralmente para renovar o licenciamento destas máquinas e a sugerir a desinstalação caso a escola não tenha forma de manter esse licenciamento – cada escola pode renovar o licenciamento do software destas máquinas sem qualquer problema.
    Não existe qualquer orientação no sentido de adopção preferencial ou exclusiva de software livre – o que existe é uma lei por regulamentar no sentido da adopção de normas abertas (que o software Microsoft suporta em pleno, nomeadamente o Office 2010 que permite escolher entre ODF e OpenXML) e o Ministério da Educação tem seguido sempre o princípio da liberdade de escolha, fornecendo computadores em dual-boot.
    INTERATIC

No "Importante" fiz um destaque a negrito para levantar a questão:

Irão os professores pagar do seu bolso as licenças da Microsoft? Isso seria mais uma redução do vencimento, mas precisam de se divertir com o Windows.



Felizmente também há quem defenda que toda a administração pública deveria utilizar apenas software livre, como decidiram fazer os Russos.

Inove pelos seus estudantes!

Este é o apelo de David Wiley, apologista da Educação Aberta. Do seu vídeo tirei algumas notas para um convite ao visionamento do mesmo.



Parábola do pólo: Uma escola tinha uma excelente equipa pólo aquático. Reconhecendo as suas capacidades e empenhamento convidaram a equipa a aplicar a mesma estratégia na nova modalidade de pólo equestre.
Moral da estória: Não podemos fazer com os recursos digitais o mesmo que fazíamos numa aula tradicional.

Seis Mudanças da Sociedade na Actualidade
1. Do Analógico para o Digital
2. Do Cabo para Móvel
3. Do Isolado para Conectado
4. Do Genérico para Personalizado
5. Do Consumo para a Criação
6. Do Fechado para o Aberto

Infelizmente a Escola não acompanha o dia-a-dia.

CONEXÃO - Não podemos ligar-nos a alguma coisa se não temos acesso a ela.
PERSONALIZAÇÃO – Não é boa ideia pensarmos em modificar conteúdos sobre os quais não temos direitos.

Razões para frequentar a Escola/Universidade:
1. Conteúdo
2. Serviços de apoio
3. Vida social
4. Diplomas

O conteúdo está na Internet. Já não se justifica a caminhada por eles. Exemplos: OpenCourseWares, Wikipedia, Public Library of Science, Arxiv.org, Google Scholar, Flat World Knowledge, etc.

Serviços de apoio também já estão na Internet. Exemplos: ChaCha, Yahoo! Answers, RateMyProfessor, Email, IM’s, Twitter, etc.

Vida social idem. Exemplos: Facebook, MySpace, Telemóveis indicando a localização, etc.

Diplomas: Certificados MicroSoft, Google ou Cisco podem ter valor superior em determinadas áreas. No Francês/ Inglês as referências são os níveis da Academia Francesa/ Instituto Britânico. Em Português...

O Monopólio da Educação terminou. Tudo está a ser oferecido por alguém.

Manualficação da TV – Porquê ficar a ver um programa de TV das 20:00 às 21:00? Está no YouTube!

Manualficação dos Cursos – Porque não ficam os recursos disponíveis na Internet?

O YouTube é o responsável pela produção de tantos vídeos. As câmaras já existiam muito antes, mas não havia uma forma prática de os partilhar.

Os cursos do MIT e de muitas Universidades estão online, mas como os conteúdos não aparecem no Google é como se não existissem.

Os recursos OER não estão aqui ou ali, estão online.

O que a Escola tem para oferecer é a integração.
Qual o valor da integração? Utilizar as peças especializadas conjuntamente.

Ser mais aberto não é um problema tecnológico. É um problema político: a educação está a comportar-se como as indústrias da música e do cinema, defendendo a tradição em vez de incentivar a inovação.

você pode envolver-se numa política reformista. A escola é você!

Inove pelos seus estudantes!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

More Open We Are – The better education will be




Aberto significa Generoso

Onde não há partilha não há Educação

Educação é uma relação de partilha

Educadores bem sucedidos partilham mais profundamente com a maioria dos estudantes

O meio digital é muito diferente do mundo do papel. Se dermos um livro ficamos sem ele, mas indicando um endereço da Web, este pode ser consultado por milhares de pessoas ao mesmo tempo. É avanço indescritível, a primeira vez que sucede na história da humanidade.

Podemos partilhar como nunca

Podemos educar como nunca

Em relação à imprensa, a Internet tem a vantagem de disponibilizar os conteúdos imediatamente e quase gratuitamente

Alguém pode ser professor exigindo direitos de copyright sobre as notas das suas lições?

Quanto mais abertos estamos, melhor será a educação

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Recursos

Gurell, Seth (autor) & Wiley, David (editor) (2008). OER Handbook for Educators 1.0. [http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one]

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Downes, Stephen (10-2010). Agents Provocateurs. Stephen's Web.
[http://www.downes.ca/post/54026]

Weller, Martin (2010). Big and Little OER. In Open Ed 2010 Proceedings. Barcelona: UOC, OU, BYU. [http://hdl.handle.net/10609/4851]

Wiley, David (27-09-2011). On OER – Beyond Definitions. Iterating toward openness. [http://opencontent.org/blog/archives/2015].

Yuan, Li; Macneill, Sheila; & Kraan, Wilbert (2008). Open Educational Resources – Opportunities and Challenges for Higher Education.
[http://wiki.cetis.ac.uk/images/0/0b/OER_Briefing_Paper.pdf]