sábado, 29 de maio de 2010

Informação e Identidade na Internet

A generalidade das reflexões que tenho lido apresentam o lado negro da Internet, portanto resolvi reflectir apresentando-me como seu advogado.

1. A informação (credível, investigada, tendo por base fontes seguras) versus a não-informação (Informação sem rigor, ou que pode ser falsa, deturpada, manipulada ou apresentada fora de contexto).

Este ponto trouxe-me à memória a história do ARRASTÃO QUE NUNCA EXISTIU a 10 de Junho de 2005 na praia de Carcavelos. Toda a imprensa séria embarcou na onda, designadamente as televisões não podiam perder aquele prime time ;) Segundo os vídeos que podemos ver no YouTube (Parte 4) o comandante da região metropolitana de Lisboa da PSP uma hora depois dos acontecimentos já sabia não ter existido arrastão nenhum, mas terá sido atropelado pela sede de “informação” dos “jornalistas”, pela sede de reforço da polícia, pela propaganda política nacionalista que vê em cada negro um alvo a abater.

A Internet, como uma avó paciente, permite que se compreenda a história sem necessidade de nos precipitarmos, através dos vídeos que aguardam a nossa visita no YouTube:

Era uma vez um arrastão parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=9pfS50Ycguw
Era Uma vez um arrastão parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=krHE6BpRK5g
Era uma vez um arrastão parte 3
http://www.youtube.com/watch?v=O-0UFPJi5tA
Era uma vez um Arrastão parte 4
http://www.youtube.com/watch?v=gCZ1KmlqgqU

Eu recordo-me de já ter visto estes vídeos antes, acompanhados de comentários da jornalista Diana Andringa no site http://www.eraumavezumarrastao.net que neste momento apresenta páginas em chinês! Provavelmente ser-lhe-ia caro manter este domínio, e o país não tem uns míseros euros para gastar em CULTURA, num site que todos deveríamos recordar. Assim resta-me agradecer aos monstros que violam a nossa privacidade, YouTube e Google, o facto de ainda poder ver estes vídeos.

2. Google Master Plan
O controlo da informação pelo Google é frequentemente retomado por muitos que advogam estar em causa a nossa privacidade. É o argumento do site:
http://masterplanthemovie.com/

Curiosamente uma colega que desenvolveu este tema também mostrou um vídeo que mostra que o Google é melhor lugar para trabalhar! Um local onde as pessoas se sentem realizadas por lá trabalhar, e são mais produtivas por isso! Eu gostaria que os empresários portugueses – onde estão eles? – seguissem este exemplo em vez de tentarem competir com os países do 3º Mundo à custa de mão-de-obra barata.

Sobre este tema uma colega escreveu um pouco alarmada que o Google Dashboard sabe tudo sobre nós! “Ele sabe tudo, onde andamos, os amigos que temos, em que páginas andamos...”

Realmente se googlarem netodays terão mais de 9.000 resultados, mas significa isto que perdi a minha privacidade? Certamente que não, porque apenas encontrarão o que eu decidi que poderia ser público. Basta utilizar outra conta do Google para o motor de pesquisa “pensar” que eu sou uma pessoa diferente e arquivar os meus dados noutro Google Dashboard. Nós somos livres de criar diferentes identidades na Internet, e deste modo manter a nossa privacidade. Essa será uma das razões para um crescimento tão rápido do FaceBook, por exemplo.

O mais engraçado é que se vos contactar com um endereço/FaceBook diferente também não me conhecem ;) portanto tenho ou não garantida a privacidade?

Se mudássemos de endereço sistematicamente nunca ninguém nos conhecia. Isso também era chato! Assim, em cada momento nós decidimos o que nos interessa que os outros conheçam e o que não interessa, construindo a(s) nossa(s) identidade(s) no Mundo Digital.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

User Base

Segundo o digitalnative.org o conceito User Base refere-se ao número de utilizadores regulares de um site, a maioria dos quais terão provavelmente contas registadas. O número de visitantes únicos por dia é também um indicador frequentemente utilizado nas estatísticas dos sites. Quanto maior a base de utilizadores e membros do site, tanto mais atraente é para utilizadores, investidores e anunciantes.

Porém a produção de estatísticas na Internet ainda não estabeleceu normas padronizadas de contagem, sendo frequentemente referidos simplesmente os utilizadores ou users.

A guerra da contagem dos utilizadores não se circunscreve aos sites. São exemplos clássicos desses confrontos estatísticos a guerra dos browsers ou a dos sistemas operativos. É interessante observar que os Desktops correm em Windows enquanto os supercomputadores correm em Linux.

Já sabemos que a Internet tem maior penetração na América do Norte e menor em África.